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Passaporte de vacinação. “Bom para regresso das viagens” no país, mas só em 2022

A presidente da Associação de Sócios Gerentes de Agências de Viagens e Turismo afirmou ao JE que os ‘passaportes de vacinação’ só vão ser uma possibilidade depois de toda a população estar vacina. Até lá, o sector pede uniformização do espaço Schengen.
9 Fevereiro 2021, 07h50

Alguns países da União Europeia têm aderido à ideia de um “passaporte de vacinação”, um certificado para quem obteve a vacina para a Covid-19. Portugal ainda não tem uma posição sobre o assunto, mas a presidente da associação de sócios gerentes de agências de viagens e turismo (ASGAVT), Madalena Fernandes disse, ao Jornal Económico que a ideia é boa, mas só poderá acontecer em 2022.

“Acreditamos que isto seria bom para impulsionar o regresso das viagens”, apontou Madalena Fernandes.

No entanto, é da opinião que esta só será uma possibilidade durante o ano de 2022, depois de toda a população estar vacinada. “Quando se generalizar a toma da vacina a toda a população isso vai ser uma mais valia para facilitar as entradas nos destinos”, garante. Na ótica de Madalena Fernandes, este cenário só será concretizável “próximo inverno”.

A representante da ASGAVT defende também que antes de Portugal avançar com a ideia é preciso responder a várias questões. “Este documento iria estar associado ao nosso passaporte? Como vão informatizar isto? Em que moldes é que vai ser?”, salienta.

“Neste momento a vacina não é um bem que eu possa chegar ali a um supermercado e possa comprar. Não posso ir com ou sem credencial médica a uma farmácia e requisitar uma vacina”, afirma. Assim, considera a certificação de vacinação boa, mas injusta “para aquela franja” da população cujo “acesso à vacinação está “vedado”.

Resposta para o sector das viagens está no espaço Schengen

Sem passaportes de vacinação, outras alternativas podem ser melhores, segundo Madalena Fernandes. “Estamos a pedir para que pelo menos dentro do espaço Schengen que haja uniformização dos requisitos de entrada porque os agentes de viagens estão a ficar malucos devido às restrições”, explicou.

“Continuam a criar corredores turísticos e eu percebo-os, é para proteção das próprias pessoas, mas não resolve o meu assunto enquanto agentes de viagens ou como companhia aérea, muito pelo contrário”, sublinhou a presidente da ASGAVT.

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