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Paul Dobey ex-sócio da KPMG vai ajudar CEO do Novobanco com a gestão do risco

Mark Bourke, CEO do Novobanco, escreveu aos colaboradores sobre a destituição imediata de Carlos Brandão da administração do banco e garantiu que as operações suspeitas detetadas pelo controlo interno não estão relacionadas com operações feitas pelo gestor dentro do banco.
7 Janeiro 2025, 18h01

Mark Bourke, CEO do Novobanco, escreveu aos colaboradores sobre a destituição imediata de Carlos Brandão da administração do banco e garantiu que as operações suspeitas detetadas pelo controlo interno não estão relacionadas com operações feitas pelo gestor dentro do banco.

Ao mesmo tempo diz que o plano de sucessão para a nomeação de um novo CRO (Chief risk officer) foi ativado.

“Interinamente, assumi a responsabilidade pelo cargo de CRO e terei o apoio, durante este período, de Paul Dobey, um ex-sócio da KPMG com vasta experiência na área da gestão de risco”.

Mark Bourke deu nota que o Conselho Geral e de Supervisão do Novobanco deliberou hoje a destituição imediata do Carlos Brandão do cargo de Administrador Executivo.

“Através dos processos internos do banco foram identificadas operações financeiras suspeitas na esfera pessoal da pessoa em questão, que nos causaram grande preocupação”, explica.

“Na sequência de uma investigação interna, eu próprio e o Presidente do Conselho Geral e de Supervisão informámos o Regulador dessas operações suspeitas, e foi efetuada uma denúncia ao Ministério Público, que levou à investigação agora em curso”, avançou o CEO.

Mark Bourke diz que “é importante referir que a situação em causa não está relacionada ou associada com o banco. Não tem qualquer impacto nos clientes, nas contas ou operações dos clientes, na situação financeira ou na atividade do Novobanco, nas operações comerciais, nos sistemas de gestão de risco ou nos colaboradores”.

Pela carta ficou a saber-se que Carlos Brandão já estava sob observação há algum tempo.  “Para não interferir com a investigação do Ministério Público, e com o conhecimento do Regulador, foi necessário manter a pessoa em causa no seu cargo e garantir a estrita confidencialidade do assunto”.

Durante esse período, “foram tomadas todas as medidas adequadas para proteger o banco e os seus stakeholders”.

Mark Bourke diz ainda que não obstante o negócio do Novobanco “não ser de forma alguma afetado por estes acontecimentos, o facto de um executivo do banco ser alvo de uma investigação é um assunto muito sério e que está a ser tratado como tal”.

“Trabalhámos todos arduamente para transformar o banco nos últimos anos. Enquanto CEO estou determinado em garantir a manutenção de elevados padrões de profissionalismo na nossa instituição”, sublinha Mark Bourke.

“Os meus colegas e eu, no Conselho de Administração Executivo, continuaremos a perseguir os objetivos estratégicos do banco e a concentrar-nos na obtenção de um desempenho e resultados sustentáveis, em prol dos interesses do banco, dos seus colaboradores, clientes e restantes stakeholders”, conclui o banqueiro.

 

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