O antigo secretário-geral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e advogado Paulo Lourenço apresentou, esta quarta-feira, a demissão das funções que ainda desempenhava naquele órgão, na sequência da operação Mais-Valia.
De recordar que Paulo Lourenço mantinha um contrato de prestação de serviços com a Federação, que foi agora revogado com efeito imediato. O ex-secretário-geral da FPF entre 2012 e 2018 foi também um dos responsáveis pela organização do Euro 2004 e agora é um dos arguidos da operação Mais-Valia.
Segundo a FPF, o presidente, Pedro Proença, aceitou o pedido de revogação do contrato de Paulo Lourenço, numa decisão que surge após a reunião de urgência da direção.
De seguida, a Federação emitiu um comunicado onde reiterou a sua “absoluta intransigência perante práticas ilícitas ou criminais que venham a ser apuradas” e garantiu que vai agir de forma “inflexível” contra qualquer pessoa ou entidade que tenha prejudicado a instituição.
Na terça-feira, a operação Mais-Valia foi tornada pública e confirmada pela PJ, que fez buscas na Federação Portuguesa de Futebol por suspeitas de corrupção. A situação remete para a venda do edifício que funcionou como sede da FPF até 2004. O negócio concretizou-se quando Fernando Gomes era presidente da FPF, ao mesmo tempo que Tiago Craveiro era diretor-geral.
Depois das notícias sobre a operação, depressa Paulo Lourenço reagiu. “É para mim inaceitável ver o meu nome envolvido num processo ao qual sou alheio. Não tive influência na decisão de venda do imóvel, não tive influência na escolha da proposta vencedora e não obtive qualquer benefício, direto ou indireto, com este negócio. Nego frontal e absolutamente ter recebido fosse o que fosse com este negócio. Qualquer sugestão em sentido contrário é falsa e profundamente injusta”, afirmou o antigo dirigente em comunicado.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com