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PCP ataca “escândalo” da transferência de custos de pessoal para o Estado

erónimo de Sousa defendeu a utilização de fundos públicos, por exemplo, para garantir que quem ficou em “lay off” devido à pandemia de covid-19 receba o salário por inteiro.
  • António Pedro Santos/Lusa
22 Maio 2020, 16h31

O secretário-geral do PCP atacou hoje o “escândalo da transferência de milhares de euros” de custos com pessoal para a Segurança Social de “empresas com lucros milionários” e criticou a compra do grupo da TVI como exemplo.

Numa audição com sindicalistas na sede do Centro Vitória do PCP, em Lisboa, Jerónimo de Sousa defendeu a utilização de fundos públicos, por exemplo, para garantir que quem ficou em “lay off” devido à pandemia de covid-19 receba o salário por inteiro.

E criticou “o escândalo da transferência de milhares de euros para empresas com lucros milionários e que, na primeira oportunidade, aproveitaram para transferir para os trabalhadores e para a Segurança Social uma boa parte dos seus custos.

São empresas, “muitas delas multinacionais, que beneficiam de milhões de euros de apoios públicos em projectos, que enchem a boca com a conversa da responsabilidade social, mas que agora, na primeira curva, a esqueceram, afirmou.

“Veja-se o caso de um grupo económico que meteu 500 trabalhadores em ‘lay-off’, mas que, passados poucos dias, anunciou a compra de 30% de uma grande empresa de comunicação social. Dinheiro há, como está à vista”, afirmou Jerónimo sem se referir diretamente à empresa Douro Azul, de Mário Ferreira, ao grupo Media Capital, que detém a TVI.

 

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