O Partido Comunista Português (PCP) condena “firmemente” o Governo israelita pelos dois dias de bombardeamentos na Faixa de Gaza, que vitimaram 29 palestinianos. Os comunistas consideram “inaceitáveis” as condenações unilaterais da Organização das Nações Unidas (ONU) à parte palestiniana e acusa aqueles que são “coniventes” com a “permanente violação do direito internacional por Israel são também co-responsáveis pelo agravamento da situação na região”.
“É inadmissível falar em ‘segurança’ e calar que à população da Faixa de Gaza é negado sequer o ‘direito’ a fugir ante os periódicos bombardeamentos de Israel, devido ao implacável bloqueio a que está sujeita e que já reduziu esse território ao limiar do desastre humanitário, como sublinhado pela UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinianos”, afirma o PCP, em comunicado.
Os comunistas defendem que a escalada de violência na região é “da inteira responsabilidade do Governo israelita e da sua política de opressão, sistemático desrespeito pelo direito internacional e férreo bloqueio contra os dois milhões de pessoas que vivem naquele território palestiniano ilegalmente ocupado em 1967”. O PCP condena ainda a ameaça do primeiro-ministro de Israel, Netanyahu, de anexar partes da Cisjordânia ocupada.
O PCP considera que os confrontos são “inseparáveis” da “violação por Israel dos termos de anteriores acordos de cessar-fogo relativos à Faixa de Gaza e das opções do governo israelita e da Administração norte-americana de abandonar qualquer perspetiva de solução política para a questão palestiniana, nomeadamente a solução dos dois Estados”. Os comunistas acusam ainda Israel e os Estados Unidos “abertamente” cometerem “sucessivas violações de acordos, resoluções e planos internacionais de paz”.
“Aqueles que são coniventes com a permanente violação do direito internacional por Israel são também co-responsáveis pelo agravamento da situação na região”, sublinha.
Os bombardeamentos de dois dias do exército israelita na Faixa de Gaza vitimaram 29 palestinianos, três crianças e duas mulheres grávidas, e fizeram mais de 200 feridos, durante o fim-de-semana. O diretor humanitário da ONU Jamie McGolrick diz que, além de médicos especialistas, são precisos quase 18 milhões de euros para tratamentos.
Desde o início da ‘Marcha do Regresso’, que tem levado a manifestações que se repetem todas as sextas-feiras há 13 meses em Gaza, foram feridos 27.000 palestinianos.
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