João Ferreira, membro da Comissão Política do Partido Comunista Português (PCP), fez a sua avaliação da entrada de Portugal no euro, esta sexta-feira, e considerou que existiram “consequências desastrosas” desta ação.
“No primeiro dia de 2022 passarão vinte anos desde que entraram em circulação as moedas e notas de Euro”, começou por recordar João Ferreira em comunicado na página do partido. “Vinte anos passados, a realidade desmente a propaganda e dá razão aos que, como o PCP, previram e preveniram para os impactos da adesão”, sublinhou.
“As consequências do Euro foram, e continuam a ser, desastrosas para Portugal e para o povo português”, garantiu o comunista, apontando que “governos de PS, PSD e CDS, que nos meteram no Euro, atiram culpas uns aos outros, mas ocultam o seu compromisso comum com o Euro e os danos que causou, e causa, ao País e ao povo português”.
Segundo o PCP “depois de aderir ao Euro, o crescimento económico nacional reduziu-se a menos de um quarto”. “O Euro trouxe recessão e estagnação, uma grande insuficiência de crescimento. O nosso País, como os outros, atravessou ciclos económicos e crises, mas a moeda única não o protegeu, bem pelo contrário, como se viu durante o período da troika. Portugal não perdeu anos, perdeu décadas”, defendeu.
João Ferreira é ainda da opinião que “o Euro não foi feito para Portugal. Foi feito à medida das necessidades e dos interesses do capital financeiro, das multinacionais europeias, da capacidade produtiva e exportadora da Alemanha”.
“Para o PCP, os direitos, os salários, o desenvolvimento, a resposta aos problemas do povo e do País, sobrepõem-se às imposições externas”, referiu também.
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