O Partido Comunista Português (PCP) defendeu esta quinta-feira que é preciso avançar com medidas alternativas para que “o confinamento fique arredado da vida nacional”. O líder parlamentar do PCP, João Oliveira, considera que o acumular de “custos económicos e sociais” do confinamento está a tornar-se cada vez mais “insustentável” e pede ao Governo que reforce os serviços de saúde e apoios sociais.
“Não é possível sustentar o confinamento por muito mais tempo, muito menos indefinidamente, ou como solução a prazo. A responsabilidade que é preciso assumir é a de criação de condições para que esse tipo de medidas restritivas fiquem definitivamente para trás e se definam as medidas adequadas ao combate à epidemia e à solução dos graves problemas económicos e sociais criados pelo confinamento”, referiu, no debate sobre a renovação do estado de emergência até 31 de março, no Parlamento.
Segundo João Oliveira, “o acumular de custos económicos e sociais do confinamento arrisca tornar-se insustentável, considerando o rasto de pobreza, desemprego e exclusão social a par com o risco de falência de micro, pequenas e médias empresas”. A par disso, há “o crescente sentimento de recusa do confinamento, mas que mais à frente pode ser também a recusa de outras medidas mesmo que menos restritivas”.
“O confinamento é exceção e não pode ser solução. É preciso enfrentar os graves problemas nacionais em toda a sua extensão e insistimos que tem de ser concretizada a alternativa que existe para que o confinamento fique definitivamente arredado da nossa vida nacional”, reiterou.
João Oliveira defendeu que é preciso avançar com medidas alternativas ao confinamento, como o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos serviços públicos para que possam dar “uma resposta adequada e necessária às condições de retoma das atividades económicas, culturais e desportivas”, e valorizar os trabalhadores “pelo papel que cumprem no esforço coletivo de normalização da vida em sociedade”.
Só assim o desconfinamento poderá ser, segundo João Oliveira, “encarado com segurança evitando novas situações de descontrolo de infeções e novos confinamentos”.
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