O Partido Comunista Português (PCP) repudiou esta segunda-feira as “operações que visam deslegitimar o significado das eleições na Venezuela” e instou o Governo a tomar uma posição sobre o assunto.
“As eleições para a Assembleia Nacional da República Bolivariana da Venezuela, realizadas sob o impacto de um cruel bloqueio económico e financeiro, constituíram uma afirmação em defesa do caminho de soberania e independência nacional, de justiça e progresso social, de desenvolvimento e cooperação por parte do povo venezuelano”, aponta o PCP, em comunicado, publicado na página do partido, sobre as eleições que decorreram a 6 de dezembro e devolveram o controlo total a Nicolás Maduro.
Assim, o “PCP denuncia e repudia as operações em curso que, perante esta derrota do imperialismo e dos sectores mais reacionários na Venezuela, visam deslegitimar o significado das eleições, recuperar a oposição fantoche e persistir na ingerência e violência golpista sobre este país”.
Os comunistas pedem ao “Governo português para adotar um posicionamento consentâneo com os princípios da Constituição da República Portuguesa e os interesses do povo português, incluindo a comunidade portuguesa na Venezuela, dissociando-se da política de ingerência e agressão promovida pelos Estados Unidos, com a cumplicidade da União Europeia, que desrespeita e agride brutalmente os direitos do povo venezuelano, incluindo o direito a decidir soberanamente sobre o seu presente e futuro”.
Os comunistas aproveitam ainda a oportunidade para reafirmar “a sua solidariedade para com a Venezuela bolivariana, para com as forças revolucionárias, populares, progressistas que lutam em defesa dos direitos e aspirações dos trabalhadores e povo venezuelano, em defesa e pelo avanço do processo bolivariano iniciado há 22 anos pelo presidente Hugo Chávez, garante de uma vida melhor, de progresso e de paz”.
A opinião do PCP contrasta com a da União Europeia (UE), que optou por não reconhecer o resultado das eleições. “As eleições venezuelanas para a Assembleia Nacional decorreram, lamentavelmente, sem um acordo nacional sobre as condições eleitorais e não cumpriram as normas internacionais mínimas para um processo credível e para mobilizar o povo venezuelano a participar”, criticou, em comunicado, esta tarde o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, segundo a agência Lusa.
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