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Pedro Nuno Santos admite solução de governo “que não exclua o BE”

O secretário-geral do Partido Socialista deixou claro que não rejeita uma coligação pós-eleitoral entre os dois partidos, no debate com Mariana Mortágua. A líder do Bloco de Esquerda incidiu a maioria das críticas no sector da Saúde, em particular nas dificuldades vividas pelo SNS.
Foto: Pedro Pina – RTP
16 Fevereiro 2024, 21h38

O líder do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, reconhece que “há disposição para se construir uma solução de governo que não exclua o Bloco de Esquerda”. As palavras foram proferidas no debate com a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, que foi transmitido na RTP.

Sobre a não existência de uma coligação pré-eleitoral entre os dois partidos, Pedro Nuno Santos reiterou que “cada partido está a defender o seu programa” nesta campanha para as Eleições Legislativas. Ainda assim, não rejeita a possibilidade de um acordo à esquerda para formar governo e recorda o governo da geringonça.

Nesse sentido, o período de governo entre 2015 e 2019 foi de “quatro anos de boa memória para os portugueses”, de acordo com o socialista

Questionada sobre a mesma temática, Mariana Mortágua preferiu evitar as perguntas, optando por sublinhar que “é muito importante que se vire a página das políticas da maioria absoluta”, que foram um “desastre”, de acordo com a própria

Nesse sentido , sublinhou que o BE procura uma “solução de estabilidade” e, apontando às eleições de dia 10 de março, lembrou que o que mobiliza para o voto “é a certeza de que há soluções para as grandes preocupações das pessoas”.

Dificuldades do Serviço Nacional de Saúde

De acordo com Pedro Nuno Santos, “Temos que dotar os centros de saúde de meios complementares” para a prestação de cuidados que evitem a necessidade de as pessoas irem aos hospitais públicos, tendo em vista reduzir a lista de espera dos mesmos. O socialista reiterou ainda que “o serviço de saúde e o serviço social têm que trabalhar em conjunto”.

Questionado sobre a possibilidade de avançar com Parcerias Público-Privadas (PPP), reiterou que dará sempre preferência pelo SNS e pelo reforço dos meios das unidades de saúde públicas.

Mariana Mortágua, por seu turno, reconheceu a importância dos hospitais privados na saúde dos portugueses, mas deixou a garantia de que “o problema é que estão a drenar os fundos do SNS e, em certa medida, estão a utilizar fundos que deviam ser utilizados para reforçar o SNS”.

A bloquista sublinhou a discórdia com as políticas do último governo e recordou que o SNS está “dependente de utilização de horas extra ilegais e de tarefeiros”.  De acordo acordo com a própria, existe necessidade de criação de “um regime de exclusividade que seja aceite” pelos profissionais de saúde.

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