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Pedro Nuno Santos aponta falta de mão-de-obra mas Montenegro não abdica de vistos de trabalho

Estas posições foram trocadas entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro na abertura do debate quinzenal no parlamento, o primeiro desde que o PS viabilizou a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2025.
contraproposta irrecusável
O primeiro-ministro, Luís Montenegro (E), recebe o secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos (D), para um encontro no âmbito das negociações do Orçamento do Estado para 2025, na residência Oficial de S. Bento, em Lisboa, 3 de outubro de 2024. MIGUEL A. LOPES/LUSA
11 Dezembro 2024, 15h41

O secretário-geral socialista acusou hoje o Governo de ter criado um problema de falta de mão-de-obra, por disputa com o Chega, mas o primeiro-ministro contrapôs que não abdica de vistos de trabalho para a entrada em Portugal.

Estas posições foram trocadas entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro na abertura do debate quinzenal no parlamento, o primeiro desde que o PS viabilizou a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2025.

O líder socialista abriu o debate criticando o fim do regime de manifestação de interesse em matéria de política de imigração, dizendo que a atual falta de uma alternativa ao anterior regime está a provocar problemas de falta de mão-de-obra em setores como a construção civil, agroindústria ou turismo.

Pedro Nuno Santos estimou que faltam cerca de 80 mil trabalhadores, que está em risco a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que o Governo tomou essa medida restritiva apenas por “disputa política com o Chega”.

O primeiro-ministro respondeu associando antes o PS ao Chega, frisou que o seu executivo recusa “portas escancaradas” ao nível da imigração e defendeu que se exige visto de trabalho para a entrada em Portugal.

Luís Montenegro adiantou que o Governo está no presente a trabalhar com os setores que carecem de mão-de-obra e que se procura facilitar o acesso à habitação para uma melhor integração social.

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