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Personalidades JE: Pedro Queiroz Pereira – O último grande industrial português

Pedro Queiroz Pereira vivia para concretizar projetos industriais. Não conseguiu comprar a Cimpor, mas ficou com a Secil e com a Portucel, que transformou no gigante que hoje é a Navigator. Na família, deixou tudo preparado para que as suas três filhas mantenham o rumo industrial que traçou.
1 Novembro 2020, 08h30

O Jornal Económico escolheu 30 personalidades dos últimos 25 anos que marcaram, pela positiva e pela negativa, a atual sociedade portuguesa: políticos, empresários, gestores, economistas e personalidades da sociedade civil. A metodologia usada para compilar as Personalidades JE está explicada no final do texto.

Muito se tem debatido a necessidade de reindustrializar o país, para contrariar o efeito nocivo da excessiva terciarização do tecido económico e dos riscos da dependência de atividades voláteis – o caso paradigmático dos milhares de hotéis construídos na última década, pequenos, médios e grandes, que recrutaram uma percentagem elevada da mão-de-obra, mas que, de um mês para outro, ficaram vazios por efeito da pandemia da Covid-19, colocando esses trabalhadores em risco de desemprego e as empresas em falência técnica. O modelo de atividade económica desejada para Portugal, segundo muitos economistas, é a indústria que produza bens e produtos transacionáveis suscetíveis de serem exportados. À conta desta análise, feita por muitas individualidades com reconhecida credibilidade, é recorrentemente recordado o modelo industrial desenvolvido pelo Grupo Semapa, detentor de 69,4% da empresa de pasta de papel Navigator, de 100% da cimenteira Secil, de 100% da ETSA, que opera no sector do ambiente, e de 100% da sociedade de venture capital Semapa Next, um grupo com atividade em quatro continentes, pertencente ao núcleo dos maiores exportadores portugueses e cotado desde 1995 na Euronext Lisbon, dentro do PSI20, cujo líder, Pedro Mendonça de Queiroz Pereira (Lisboa, 1949 – Ibiza, 2018) foi justamente reconhecido, na unanimidade informal dos empresários, como o último grande industrial português.

Apesar de Pedro Queiroz Pereira ter nascido na família que criou o primeiro grande hotel de luxo em Lisboa, o Ritz, não se acomodou nem à “facilidade familiar”; nem cristalizou nas rendas que esse hotel pudesse proporcionar; nem se conformou com a geografia do mundo português; nem aceitou ser derrotado no início de qualquer problema. Pedro Queiroz Pereira amou intensamente a vida, amou a velocidade, sentiu o prazer de criar, mas não ostentou riqueza – amigos seus contam o modo espartano em que foi educado, a influência de ter sido aluno do Colégio Militar, o “rigor contabilístico” inerente a quem segue os estudos no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa, fatores que tornam quase inevitável a parcimónia na gestão dos bens –, talvez por isso, apesar de ser muito rico, nunca colecionou casas, nem automóveis (tendo sido piloto de competição), e comentam alguns amigos que apenas teve um mesmo carro durante muitos anos.

Fumador de “Gauloises”

Contudo, não abdicava do tempo em que podia estar tranquilo no seu barco, nem gostava de contrariar o vício do tabaco – “fumou ‘Gauloises’, que é tabaco negro, fortíssimo, durante muito tempo”, comenta um antigo amigo. Apesar de ser exuberante, era extremamente cuidadoso na roda dos seus amigos, que permaneceram praticamente os mesmo durante várias décadas. A sua família era, para ele, intocável. Por isso, sempre preservou ao máximo os interesses das suas três filhas, Filipa, Mafalda e Lua, que integram a Sodim, sociedade que controla a Semapa.

Gostava das caraterísticas de todas – como qualquer pai –, mas não evitava comentar a competitividade de Mafalda no desporto – o que muitos amigos entendiam perfeitamente porque Queiroz Pereira sempre gostou de participar nas competições automóveis. No entanto, Mafalda não foi uma desportista mediana: em 1998, então com 22 anos, participou nos Jogos Olímpicos de Inverno de Nagano, na Coreia do Sul, em esqui acrobático, uma ambição que acalentou desde os 15 anos, sempre tentando aperfeiçoar a técnica mais radical de esquiar, em Évian, na Suíça. A sua progressão foi rápida até conquistar o quinto lugar no Campeonato do Mundo do Canadá, garantindo assim o “passaporte” para os Jogos Olímpicos na Coreia do Sul.

Por causa das “interferências” de Ricardo Salgado na orbita dos seus interesses familiares, Pedro Queiroz Pereira nunca perdoou a Ricardo Salgado – de quem foi amigo quando eram jovens –, e só descansou quando teve a certeza que os problemas que o preocupavam tinham ficado resolvidos (ver Personalidades JE: Ricardo Salgado).

Pedro Queiroz Pereira nasceu rico, gozou intensamente a vida enquanto jovem (sobretudo na participação em competições do desporto automóvel, repartidas entre provas de ralis e circuitos de velocidade, em Angola, Portugal e no Brasil, onde viveu entre 1975 e 1987 e ficou amigo de Ayrton Senna da Silva) mas depois, na fase mais adulta, viveu para o gosto de desenvolver a atividade industrial, dedicando todo o seu tempo a lançar projetos integrados e sustentáveis, que permitissem multiplicar postos de trabalho nas várias geografias que abarcaram.

Foi presidente dos Conselhos de Administração da Semapa e da Navigator (resultante da antiga Portucel) até aos 69 anos. Durante as férias passadas a bordo do seu iate, em Ibiza, sofreu uma queda e foi acometido de um ataque cardíaco, falecendo no sábado de 18 de agosto de 2018 – a notícia foi então avançada pelo jornal Expresso.

Sétima maior fortuna do país

Segundo o jornal da Impresa, a revista Exame tinha referido na altura que a fortuna de Pedro Queiroz Pereira estava avaliada em 779 milhões de euros (em conjunto com a mãe Maud), o que fazia do industrial o sétimo homem mais rico do país. Numa das suas últimas entrevistas, dada ao jornalista do Expresso, Pedro Lima, em fevereiro de 2016, manifestou a vontade de cancelar os investimentos que tinha previsto para Portugal, na sequência da decisão do Governo de travar a expansão da área de eucalipto no país. Investir em Portugal? “Temos de pensar duas vezes e enchermo-nos de coragem”, disse nessa entrevista.

Também ficou célebre a guerra que travou em 2001, com o Governo de António Guterres por causa da Cimpor, “empresa que tentou controlar, sem sucesso, tendo chegado a chamar mentiroso ao ministro das Finanças de então, Joaquim Pina Moura”, recordou igualmente o jornal do Grupo Impresa.

Queiroz Pereira chegou a lançar uma OPA sobre a cimenteira, em conjunto com os suíços da Holcim, mas a Cimpor acabou por ser entregue à Teixeira Duarte, ao BCP e à Lafarge, mas que posteriormente também não ficaram a controlar a Cimpor, que ficou controlada pelo grupo brasileiro Camargo Corrêa, que desmembrou a cimenteira.

Controlo da Portucel em 2004

O consolo de Queiroz Pereira foi ter conquistado o controlo da Portucel em 2004, comprando a participação da Soporcel mais os 25% que eram detidos pela Sonae.  Esse controlo permitiu-lhe desenvolver o projeto que veio a transformar naquilo que hoje é a Navigator, enquanto produtor industrial integrado. Tem floresta, pasta, papel, tissue e energia, e possui fábricas modernas de grande escala, com tecnologia de ponta. A matéria-prima utilizada é o ‘Eucalyptus globulus’, cujas características intrínsecas permitiram fabricar produtos de elevada qualidade, que são uma referência internacional neste setor, segundo explica a empresa.

O total da sua atual capacidade de produção ascende a 1,6 milhões de toneladas de papel por ano. É, por isso, o maior produtor europeu de papel de impressão e escrita – o designado UWF – Uncoated WoodFree – e o sexto maior a nível mundial. Também é líder europeu na produção de pasta branqueada de eucalipto (conhecida pela designação de BEKP), produzindo 1,6 milhões de toneladas por ano, com 80% da sua pasta integrada na produção de papel. Recentemente entrou no negócio do tissue, em que tem uma capacidade anual de produção de 65 mil toneladas, no Complexo Industrial de Vila Velha de Ródão e mais 55 mil toneladas no novo Complexo Industrial de Aveiro. Ainda produz energia elétrica – cerca de 2,5 Twh por ano, correspondente a 4% da produção de energia de Portugal e de 52% da energia produzida a partir de biomassa, segundo informações da Navigator. Além disso, é a terceira maior exportadora portuguesa, representando 1% do PIB nacional e 2,4% das exportações nacionais de bens.

110 mil hectares de floresta sob gestão

A Navigator tem mais de 110 000 hectares de floresta sob gestão e o maior viveiro certificado de plantas na Europa, com capacidade de produzir 12 milhões de plantas por ano. Com uma atividade florestal verticalmente integrada, este grupo dispõe de um Instituto de Investigação Florestal próprio, denominado RAÍZ, “referência mundial no melhoramento genético do Eucalyptus globulus, e gere em Portugal uma vasta área florestal, 100% certificada pelos sistemas internacionais”, refere a empresa.

Na sua estratégia de crescimento, a Navigator adquiriu em 2015 o fabricante português de tissue AMS, localizado em Vila Velha de Ródão. Em 2017, decidiu avançar com a construção de uma nova linha de tissue, com capacidade para produzir 70 mil toneladas, integrada na fábrica de pasta de Aveiro, e cujo arranque teve início no segundo semestre de 2018.

Outro dos projetos de expansão e desenvolvimento concluído em 2018 foi o aumento de capacidade de pasta na fábrica da Figueira da Foz, em cerca de 70 mil toneladas. A Navigator mantém projeto de longo prazo para desenvolver uma base florestal em Moçambique, que inclui a opção de construir uma fábrica de pasta de grande capacidade, após a edificação de uma fábrica de estilha, um projeto estruturado durante muitos anos pelo então responsável na Navigator em Moçambique, Pedro Moura – que o JE entrevistou recentemente.

Quanto à produção e comercialização de cimento, betão pronto, prefabricados de betão e cal hidráulica, entre outros produtos, o grupo de Queiroz Pereira concentra esta área na Secil, que opera três fábricas de cimento em Portugal (Outão, Maceira e Cibra) e está presente em oito países de quatro continentes, designadamente, em Angola, na Tunísia, no Líbano, em Cabo Verde, na Holanda, em Espanha e no Brasil, tendo no total oito fábricas de cimento, que garantem “uma capacidade anual de produção de cimento superior a nove milhões de toneladas”, segundo informação da cimenteira.

Recorde-se que, numa reprivatização em 1995, Queiroz Pereira, através da Semapa, comprou ao Estado o controlo da Secil e da fábrica de Cimentos Maceira e Pataias (CMP), embora tenha alienado 49% ao grupo irlandês CRH, que acabou por recomprar na sequência de conflitos que acabaram num tribunal arbitral.

Mudança de gestores na Semapa

Na administração da Semapa, foi efetuada a substituição do Chairman, há três meses, em 30 de julho de 2020, saindo o alemão Heinz-Peter Elstrodt por renúncia ao cargo. Foi nomeado José Antônio do Prado Fay como presidente do Conselho de Administração da Semapa. Elstrodt, com experiência na gestão internacional de ‘family business’, tinha entrado no grupo a 1 de janeiro de 2019, após a morte de Pedro Queiroz Pereira. Apresentadas as contas da Semapa relativas ao primeiro semestre de 2020, José Fay substituiu Elstrodt até ao termo do mandato em curso.

Em traços gerais, na atividade do primeiro semestre as vendas de cimento travaram a queda nos lucros da Semapa que, mesmo assim, caíram 61% no primeiro semestre deste ano, ficando-se pelos 39,3 milhões de euros, em termos homólogos, de acordo com informações da Semapa. Os resultados líquidos atribuíveis a acionistas caíram, em termos homólogos, 58,8%, para os 30,3 milhões de euros, adianta a empresa, esclarecendo que a atividade da Semapa no primeiro semestre “refletiu os efeitos da pandemia de Covid-19, nos diferentes períodos de confinamento implementados nas diversas geografias onde o grupo Semapa opera”, refere a empresa.

O novo Chairman da Semapa, José Fay é licenciado em engenharia mecânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, tendo-se especializado como engenheiro do sector do petróleo na Petrobras, trabalhou como gerente na petroquímica Copesul, de onde saiu em 1988 para trabalhar na Bunge como gerente de engenharia numa unidade, em Esteio no Rio Grande do Sul e depois em São Paulo, onde foi diretor da Divisão Centro Sudeste. Saiu da Bunge em 2000, para assumir a Direção Comercial e de Marketing da Electrolux, até ser chamado a assumir a presidência da Batavia, que em 2006, seria incorporada pela Perdigão. Em setembro de 2008, assume a Presidência da Perdigão. Em novembro de 2008 começa as negociações para a compra da Sadia, que é adquirida em maio de 2009. Essa aquisição cria a BRF – Brasil Foods que presidiu até 2013. Desde 2014 participa em diversos Conselhos de Administração, nas sociedades Camil, JMacedo e Supremo Cimentos (da Secil). José Fay é senior advisor da Mckinsey & Co.

O Grupo Semapa mantém como CEO João Castello Branco. Engenheiro mecânico pelo Instituto Superior Técnico, com um mestrado em gestão pelo Insead, exerce desde Julho de 2015 as funções de presidente da Comissão Executiva da Semapa, sendo simultâneamente presidente do Conselho de Administração da The Navigator Company e da Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento desde Outubro de 2018. Até Julho de 2015 foi sócio-diretor da McKinsey Ibéria, onde ingressou em 1991, e desenvolveu atividades num número variado de indústrias em Portugal, Espanha, Europa e na América Latina. Anteriormente tinha trabalhado no centro de desenvolvimento de motores da Renault, em França. A equipa executiva da Semapa conta ainda com Ricardo Pires (CIO) e Vítor Parenhos Pereira (CFO).

Holding Sodim incorpora Cimigest

Mais recentemente, já em setembro, a holding da família Queiroz Pereira, Sodim, e a Cimigest, totalmente detida pela Sodim efetuaram uma fusão por incorporação da Cimigest na Sodim. Recorde-se que antes desta fusão, a Cimigest detinha 3.185.019 ações da Semapa, representativas de 3,919% do capital social e a Sodim controlava 16.293.884 ações da Semapa, correspondentes a 20,049% do seu capital social.

Com esta fusão, um total de 19.478.903 ações da Semapa, representativas de 23,968% do seu capital social, passou a ser diretamente detido pela Sodim, segundo informação da empresa. As ações representativas do capital social da Semapa imputáveis à Sodim ficaram repartidas pelos administradores Filipa Queiroz Pereira (com 0,007%), Mafalda Queiroz Pereira (com 0,007%) e Lua Mónica Queiroz Pereira (com 0,007%), bem como pela Cimo – Gestão de Participações (com 47,938%) e pela Sociedade Agrícola da Quinta da Vialonga (com 0,769%).

No final de 2018, a Sodim informara que as 22.225.400 ações da Semapa que pertenciam à sociedade Longapar, representativas de 27,348% do respetivo capital social, e a Cimo, titular de 16.734.031 ações da Semapa representativas de 20,591% do respetivo capital social foram objeto de uma fusão em resultado da qual um total de 38.959.431 ações da Semapa, representativas da referida participação de 47,938% no capital social da Sodim passou a estar na titularidade direta da Cimo, segundo informação da Sodim.

METODOLOGIA

O Jornal Económico (JE) selecionou as 25 personalidades mais relevantes para Portugal nos últimos 25 anos, referentes ao período balizado entre 1995 e 2020, destacando as que exerceram maior influência no desenvolvimento da sociedade civil, da economia nacional, no crescimento internacional dos nossos grupos empresariais, na forma como evoluíram a diáspora lusa e as comunidades de língua oficial portuguesa, no processo de captação de investidores estrangeiros e, em suma, na maneira como o país se afirmou no mundo. Esta lista foi publicada a 4 de setembro de 2020, antes do primeiro fim de semana do nono mês do ano. Retomando a iniciativa a partir do último fim de semana de setembro, mas agora alargada a 30 personalidades, o JE publicará, todos os sábados e domingos, textos sobre as 30 personalidades selecionadas, por ordem decrescente. Aos 25 nomes inicialmente publicados, o JE acrescenta agora os nomes de António Ramalho Eanes, António Guterres, Pedro Queiroz Pereira, Vasco de Mello e Rui Nabeiro.

Cumpre explicar ao leitor que a metodologia seguida foi orientada por critérios jornalísticos, sem privilegiar as personalidades eminentemente políticas, que tendem a ter um destaque mediático maior do que o que é dado aos empresários, aos economistas, aos gestores e aos juristas, mas também sem ignorar os políticos que foram determinantes na sociedade durante o último quarto de século. Também não foram ignoradas as personalidades que, tendo falecido pouco antes de 1995, não deixaram de ter impacto económico, social, cultural, científico e político até 2020, como é o caso de José Azeredo Perdigão e da obra que construiu durante toda a sua longa vida – a Fundação Calouste Gulbenkian.

O ranking é iniciado pelos líderes históricos de cinco grupos empresariais portugueses, com Alexandre Soares dos Santos em primeiro lugar, distinguido como grande empregador na área da distribuição alimentar, e por ter fomentado a internacionalização do seu grupo em geografias como a Polónia – com a marca “Biedronka” (Joaninha) – e a Colômbia. Assegurou igualmente a passagem de testemunho ao seu filho Pedro Soares dos Santos. O Grupo Jerónimo Martins tem vindo a incentivar a utilização de recursos marinhos, pelo aumento da produção portuguesa de aquacultura no mar da Madeira – apesar de vários economistas terem destacado a importância da plataforma marítima portuguesa como fonte de riqueza, poucos empresários têm apoiado projetos nesta área, sendo o grupo liderado por Soares dos Santos um dos casos que não descurou o potencial do mar português.

Segue-se em 2º lugar Américo Amorim, que além do seu império da cortiça – o único sector em que Portugal conquistou a liderança mundial –, se destacou no mundo da energia e nos petróleos, assegurando a continuidade do controlo familiar dos seus negócios através das suas filhas. Belmiro de Azevedo aparece em terceiro lugar, consolidando a atividade da sua Sonae, bem como a participação no competitivo mundo das telecomunicações e o desenvolvimento do seu grupo de distribuição alimentar, com testemunho passado à sua filha, Cláudia Azevedo.

Em quatro lugar está António Champalimaud e a obra que o “capitão da indústria” deixou, na consolidação bancária, enquanto acionista do Grupo Santander – um dos maiores da Europa –, mas também ao nível da investigação desenvolvida na área da saúde, na Fundação Champalimaud. Em quinto lugar surge Francisco Pinto Balsemão que centrou a sua vida empresarial na construção de um grupo de comunicação com plataformas integradas e posições sólidas na liderança da imprensa e da televisão durante o último quarto de século.

Os políticos aparecem entre as individualidades seguintes, liderados por Mário Soares (que surge em 6º lugar). António Ramalho Eanes está em 7º lugar, António Guterres em 8º, seguindo-se Marcelo Rebelo de Sousa (9º), António Costa (10º), José Eduardo dos Santos (11º) – pelo peso que os elementos da sua família tiveram na economia portuguesa, sobretudo a sua filha Isabel dos Santos, e pelos investimentos concretizados em Portugal pelo conjunto de políticos e empresários angolanos próximos ao ex-presidente de Angola, atualmente questionados, na sua maioria, pela justiça angolana – e Aníbal Cavaco Silva (12º). Jorge Sampaio surge em 13º, seguido por Mário Centeno (14º), José de Azeredo Perdigão (15º), António Luciano de Sousa Franco (16º), Pedro Passos Coelho (17º), Álvaro Cunhal (18º), Ernesto Melo Antunes (19º), Luís Mira Amaral (20º), Pedro Queiroz Pereira (21º), Vasco de Mello (22º), Ricardo Salgado (23º), José Socrates (24º), Ernâni Rodrigues Lopes (25º), Francisco Murteira Nabo (26º), Rui Nabeiro (27º), Leonor Beleza (28º), António Arnaut (29º) e Joana de Barros Baptista (30º).

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