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Perspetivas para o turismo na Madeira

A cereja no topo do bolo seria finalmente a abertura a novos mercados através de rotas diretas entre a ilha e os Estados Unidos, facilitada graças aos novos e eficientes aviões Airbus 321LR ou XLR, por exemplo.
14 Janeiro 2020, 07h15

Como proprietário de uma nova unidade de turismo, tenho expetativas ambas favoráveis como preocupantes sobre a performance do nosso empreendimento durante o seu ano de estreia.

Por um lado, a Madeira continua a receber uma grande quantidade de turistas que também pernoitam um maior número de noites, em média, em comparação ao último ano.

Além disso, sou fiel crente de que estamos a experimentar uma nova tendência no turismo, com clientes que optam cada vez mais pelas experiências autênticas, ficando assim em alojamentos onde possam usufruir das atividades típicas da Região, amigas do ambiente, e onde criem verdadeiras amizades com os “locais” em vez das usuais interações estritamente comerciais.

A cereja no topo do bolo seria finalmente a abertura a novos mercados através de rotas diretas entre a ilha e os Estados Unidos, facilitada graças aos novos e eficientes aviões Airbus 321LR ou XLR, por exemplo.

Apesar das oportunidades, a Região possui taxas aeroportuárias e portuárias excessivamente elevadas em comparação com os outros destinos turísticos concorrentes – um risco para o nosso fluxo de hóspedes. Acrescentando a isto, devemos considerar também o incrível número de voos afetados pelas antiquadas regras de vento e aterragem em Santa Cruz (sem atualizar há mais de 50 anos) apesar da evolução na área aeronáutica.

Contudo, acabo num tom esperançoso, já que acredito que a classe política madeirense continuará a apostar fortemente no turismo – a fonte da nossa riqueza – tal como aconteceu com a nomeação da nova autoridade aeroportuária de perfil experiente e tecnocrático. Boas entradas, Madeira!

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