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Perto de um terço da água que entra nas redes de abastecimento portuguesas é desperdiçada

Os municípios de Trofa e Santo Tirso são líderes do mais recente ranking, tendo reduzido o seu desperdício de água de 9,7%, em 2021, para 8,8%, este ano. Segue-se Vila do Conde, com um desperdício de 9,3% e Matosinhos, com 10,8%. A gestão destes municípios é assegurada pela empresa INDAQUA.
1 Março 2024, 14h30

Em Portugal, quase um terço, 27,1% da água que entra nas redes de abastecimento é desperdiçada, segundo revela o mais recente relatório da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).

Os municípios de Trofa e Santo Tirso são as líderes do mais recente ranking, tendo reduzido o seu desperdício de água de 9,7%, em 2021, para 8,8%, este ano. Segue-se Vila do Conde, com um desperdício de 9,3% e Matosinhos, com 10,8%. A gestão destes municípios é assegurada pela empresa INDAQUA.

O relatório revela ainda que existem 39 entidades onde o desperdício é superior a 50% e 15 onde não é feito nenhum tipo de medida. O pior resultado nacional de perdas chega aos 84,6%.

Pedro Perdigão, CEO do Grupo INDAQUA, afirma que “quando a escassez deixou de ser um problema sazonal e as alterações climáticas são uma realidade presente, a gestão de perdas assume um papel ainda mais importante. Se Portugal reduzisse estas perdas, estaria a poupar milhões de litros de água que aumentariam as reservas disponíveis nas nossas albufeiras. É uma «fonte» de água que estamos a desperdiçar, ao mesmo tempo que procuramos soluções que exigem investimentos muito maiores, como transvases, novas barragens ou a dessalinização e que vão produzir mais água para se perder pelo caminho e não chegar ao utilizador final”.

“É prioritário haver medidas que incentivem a eficiência em Portugal, que permeiem as boas práticas. Infelizmente, só desta forma parece possível tornar a redução de desperdícios uma prioridade para todas as entidades gestoras de abastecimento, que deviam ser as primeiras a dar o exemplo de consumo e gestão responsável perante os seus consumidores”, salienta o CEO do grupo.

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