[weglot_switcher]

Perturbações nos aeroportos nacionais afetaram 2,57 milhões de passageiros

Os 51 mil voos que descolaram dos aeroportos nacionais nos últimos quatro meses transportaram 7,35 milhões de pessoas, das quais mais de um terço sofreram perturbações. Um total superior a 187 mil passageiros têm direito a uma indemnização, por atrasos superiores a três horas, cancelamento dos seus voos ou recusa de embarque.
2 Março 2023, 13h19

Foram realizados mais de 51 mil voos com ponto de partida em Portugal, em que levantaram voo mais de 7,35 milhões de pessoas, no período dos últimos quatro meses, entre novembro de 2022 e fevereiro de 2023. Destas, mais de um terço (35%) sofreram perturbações nas suas viagens, num total de 2,57 milhões de casos.

De acordo com os dados recolhidos por uma análise da plataforma “AirHelp”, organização especializada na defesa dos direitos dos passageiros aéreos, a grande maioria dos casos não dão direito a uma compensação financeira (casos em que os atrasos foram de 15 minutos a duas horas) da parte da transportadora. Ainda assim, para mais de 187 mil passageiros aéreos existe possibilidade de efetuar uma reclamação com o propósito de receberem uma compensação financeira.

Entre os voos que estavam agendados para saírem de aeroportos portugueses nos últimos quatro meses, foram mais de 55 mil as pessoas afetadas por atrasos superiores a três horas, enquanto mais de 111 mil viram a sua viagem ser cancelada.

O mês mais conturbado foi o de dezembro de 2022, em que foram anunciadas greves em várias companhias (no caso da TAP, teve lugar uma greve nos dias 8 e 9 de dezembro). No último mês daquele ano, mais de 1,97 milhões de passageiros descolaram em Portugal, com mais de 845 mil (42,8%) a sofrerem algum tipo de perturbação no seu voo.

A nível de pontualidade, o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, foi o mais problemático, seguido pelo Aeroporto da Madeira e por cinco aeroportos do arquipélago dos Açores (Ponta Delgada, Corvo, Santa Cruz das Flores e Horta). Os que registam melhores números estão também situados nos Açores (Vila do Porto, em Santa Maria; Lajes, na Terceira; São Jorge e Pico), assim como o Aeroporto de Faro e o Francisco Sá Carneiro, no Porto.

A rota mais comum é Lisboa – Madrid, com cerca de dois mil voos, nos quais viajaram 290 mil pessoas no período em análise. Em número de passageiros afetados, esta apresenta o segundo maior volume, com 93 mil casos, atrás da rota Lisboa – Paris (Orly), cujas perturbações afetaram 99 mil passageiros. Segue-se, na terceira posição, a rota Lisboa – Madeira, com impacto em 78 mil pessoas.

Em termos relativos, a rota mais frequentemente afetada foi Lisboa – Genebra, com 56% dos voos a sofrerem perturbações, ao passo que Porto – Madrid apresenta o melhor registo, na ordem de 10%.

De acordo com a “AirHelp“, os passageiros têm direito a uma indemnização nos casos de atrasos superiores a três horas, cancelamento do voo ou recusa de embarque. O pedido de indemnização pode ser realizado nos três anos seguintes e a elegibilidade de cada consumidor pode ser verificada na sequência do preenchimento de um formulário disponível na plataforma.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.