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Petróleo em alta num dia em que as Bolsas tombaram

O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, subia 0,93% para os 61,05 dólares no fecho dos mercados e nesta altura já valoriza 1,34% para 61,30 dólares. As bolsas da Europa fecharam em queda. Lisboa não foi exceção. BCP, EDP, Mota, REN, Pharol entre os títulos que mais caíram.
2 Dezembro 2019, 18h19

O primeiro dia de negociação deste último mês do ano foi negativo, tanto para a bolsa nacional, como para as europeias.

Já o petróleo está a subir nos mercados internacionais na sequência do ministro do Petróleo do Iraque, Thamir Ghadhban, ter dito que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados (o grupo conhecido como OPEP+) vão ponderar um corte de produção de cerca de 400 mil barris diários, de acordo com declarações feitas este domingo aos jornalistas, citado pela Bloomberg.

O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, subia 0,93% para os 61,05 dólares no fecho dos mercados e nesta altura já valoriza 1,34% para 61,30 dólares.

Ao contrário as bolsas fecharam em queda pela Europa fora. Por cá o PSI-20 desceu 0,77% para 5.088 pontos com o BCP e a EDP entre os principais responsáveis pelas perdas, dado que as ações caíram mais de 1,50%.

O banco tombou -1,89% para 0,1923 euros e a eléctrica perdeu -2,10% para 3,593 euros. mas não foram os únicos títulos em queda expressiva. A REN caiu -2,17% para 2,710 euros; a Mota-Engil recuou -1,94% para 1,870 euros; a Pharol deslizou 3,40% para 0,1022 euros; a F.Ramada caiu -1,64% para 6 euros; e a Sonae Capital fechou com perdas de -1,24%.

A Pharol registou uma descida significativa, no dia em que a Oi apresentou um aumento homólogo de 330% no prejuízo do terceiro trimestre deste ano.

Pelo contrário, a NOS (+0,77% para 4,962 euros), a Navigator (+0,69% para 3,514 euros) e os CTT (+0,72% para 3,098 euros) limitaram perdas superiores no índice PSI-20.

Em termos de contas a Reditus reportou que no terceiro trimestre registou um prejuízo de 0,156 milhões, menos do que os 0,422 milhões do mesmo período de 2018. O EBITDA consolidado atingiu os 2,7 milhões de euros, o que compara com os 3,2 milhões alcançados no período homólogo de 2018.

Na  Europa o EuroStoxx 50 fechou nos 3.627 pontos (-2,08%) e o Stoxx 600 cedeu 1,58% para 401,01 pontos.

Os analistas atribuem a queda dos mercados de ações às recentes declarações do Presidente dos EUA Donald Trump. O presidente dos EUA disse hoje que irá retomar imediatamente as tarifas norte-americanas sobre importações de aço e alumínio do Brasil e da Argentina. Através de um tweet, Trump escreveu que “o Brasil e a Argentina têm promovido uma forte desvalorização de suas moedas, o que não é bom para nossos agricultores. Então irei, imediatamente, retomar as tarifas sobre todo aço e alumínio embarcado para os EUA a partir desses países”. Isto numa altura em que os EUA e a China estão a tentar alcançar a fase 1 do tão falado acordo comercial.

O FTSE 100 de Londres perdeu 0,82% para 7.285,94 pontos; o DAX fechou nos 12.964,7 pontos (-2,05%); o CAC acabou a sessão nos 5.786,7 (-2,01%). O IBEX 35 fechou nos 9.156 (-2,09%) e o FTSE MIB deslizou 2,28% para 22.728,6 pontos.

“Os produtores de matérias-primas, com elevada exposição à China, não escaparam à pressão vendedora, embora com perdas contidas. Foram por isso o setor com melhor performance”, descreve o analista do BPI. “Pelo contrário, as utilities, as empresas de telecomunicações e as de tecnologia lideraram as perdas, com desvalorizações superiores a 2%”, acrescenta o BPI.

Hoje foi dia de PMI na Indústria da Zona Euro. Em novembro de 2019, o Purchasing Managers’ Index da Zona Euro foi de 46,9 pontos, o que compara com 45,9 pontos em outubro de 2019. O Índice encontra-se abaixo do limiar da neutralidade (50,0).

Os juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 6,2 pontos base para os 0,463%; ao passo que a dívida alemã no mesmo prazo sobe 7,9 pontos base para -0,281%. A dívida espanhola agrava 7,4 pontos base para 0,49% e a italiana dispara 12 pontos base para uma yield de 1,351%.

O euro valoriza 0,50% para os 1,1073 dólares.

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