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Petróleo: Mercado terá excedente em 2024 e parece imune a cortes da OPEP

Desde o fim de setembro o preço do Brent caiu cerca de 19%. Os esforços da OPEP+ para fazer subir os preços estão a revelar-se inúteis, pois os investidores estão a deixar para trás os receios sobre o impacto da guerra israelita.
22 Novembro 2023, 10h46

O mercado petrolífero deverá continuar a operar numa situação excedentária em 2024 mesmo que a OPEP prolongue para 2024 os cortes extraordinários da oferta que foram decididos este ano.

A conclusão é da Agência Internacional de Energia (AIE) que fez uma perspetiva deste mercado relativamente ao próximo ano, previsão que parece contrastar com algum défice na oferta, marcada por uma quebra de stocks tendo em conta a redução da oferta (imposta pelos principais produtores), o que faz com que a procura permaneça com alguma robustez.

Os EUA já produzem quase tanto petróleo como a Arábia Saudita e a Rússia juntos, ou seja, do que o segundo e terceiro produtores mundiais, que contam com um longo historial no mercado energético. Os cortes de produção decretados por estes dois países recentemente não ajudam a inverter a situação, que deve cimentar-se em 2024, com os EUA a efetivamente ultrapassarem a produção combinada de Riade e Moscovo.

Desde o fim de setembro que o preço do Brent caiu cerca de 19%. Os esforços da OPEP+ para fazer subir os preços estão a revelar-se inúteis, pois os investidores estão a deixar para trás os receios sobre o impacto da guerra israelita.

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