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Pinto Luz reconhece “limitações estruturais” do SIRESP e diz que morte durante apagão “tem de ser explicada”

O ministro falou aos jornalistas sobre a criação de um grupo de trabalho que deverá apresentar soluções no que diz respeito aos problemas enfrentados pelo SIRESP durante o apagão. Por outro lado, reiterou a importância de que haja um “cabal esclarecimento” sobre a morte de uma mulher de 77 anos.
© Cristina Bernardo
2 Maio 2025, 19h59

Durante o apagão, o SIRESP “voltou a mostrar limitações estruturais e operacionais”, de acordo com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz.

Em declarações prestadas ao final da tarde desta sexta-feira, o próprio lembrou a criação, anunciada horas antes, de um grupo de trabalho com a responsabilidade de “apresentar um plano de substituição urgente do SIRESP”.

O propósito passa por solucionar esta problemática, visto que “Portugal e os portugueses precisam de um sistema de comunicações robusto, fiável e resiliente”, sublinhou

No que diz respeito à morte de uma mulher de 77 anos, que estava a ser ventilada em casa, durante o apagão, Pinto Luz informou que o pedido de abertura de uma auditoria por parte do IGAS tem como finalidade o “cabal esclarecimento” do caso, porque esta morte “tem de ser explicada”, esclareceu.

A somar a isto, o Governo espera, num período de 20 dias, relatórios da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) e Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) sobre a resposta dada nos respetivos setores.

Ainda no que diz respeito ao episódio da morte, o ministro pediu “máxima ponderação” da parte da oposição, de forma a que “se evitem aproveitamentos políticos demagógicos e populistas”, apontou.

De resto, durante o período do apagão, “o governo nunca se escondeu”. Neste sentido, lembrou as declarações do ministro da presidência, Leitão Amaro, assim como as “três vezes” em que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, se dirigiu ao país.

Olhando para o futuro mais próximo, “é necessário investigar quais foram as causas”, assim como “avaliar as respostas dos vários setores”. Com este propósito, o Governo “criou uma comissão técnica independente para avaliar toda esta situação, pediu uma auditoria às entidades europeias para perceber tudo o que se passou em termos energéticos, mas também auditorias setoriais e uma análise técnica aprofundada a todos os incidentes ocorridos durante ao apagão.

Pinto Luz agradeceu ainda “a todos os que garantiram que a situação fosse ultrapassada e com que o abastecimento elétrico fosse restabelecido em tempo recorde”.

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