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PMI fraco na Europa pode colocar euro sob pressão, refere analista

Em setembro, o PMI composto da zona euro ficou nos 49,6, um valor acima do esperado, mas abaixo dos 50 pontos, o que significa que está em território de contração da atividade. Estes resultados reforçam “a narrativa de novos cortes por parte do Banco Central Europeu, pressionando o euro”, segundo o analista da FlowCommunity, Ruben Ferreira.
3 Outubro 2024, 14h26

As economias europeias divulgaram esta quinta-feira dados sobre a sua atividade, através dos indicadores de gestores de compras (PMI). De um modo geral, os resultados foram mistos, com as grandes economias, como é o caso da Alemanha, a apresentarem quedas e, em sentido contrário, a Espanha a registar uma subida. Segundo o head of Portuguese Operations da FlowCommunity, Ruben Ferreira, estes dados “reforçam a narrativa de novos cortes por parte do Banco Central Europeu, pressionando o euro, já que os investidores poderão preferir ativos com yields mais elevadas”.

Em setembro, o PMI composto da zona euro ficou nos 49,6, um valor acima do esperado, mas abaixo dos 50 pontos, o que significa que está em território de contração da atividade.

Dentro do sector de serviços, Espanha foi o país que registou o maior crescimento, subindo para 57 pontos, enquanto França e Alemanha apresentaram um abrandamento na atividade dos prestadores de serviço em setembro.

Para além dos dados poderem indicar uma pressão sobre o euro, Ruben Ferreira desta que “além disso, os desenvolvimentos em França, onde se regista um défice fiscal crescente e potenciais planos para cortar 60 mil milhões de euros em despesas e eliminar 100 mil postos de trabalho na função pública, podem aumentar as preocupações relativamente à incerteza económica na zona euro”.

Depois de serem apresentados os dados do PMI nas principais economias europeias, seguem-se os valores referentes aos Estados Unidos, o ISM Services PMI, que se situa nos 51,5 e que será divulgado durante a tarde desta quinta-feira.

“Espera-se que o ISM Services PMI se mantenha relativamente estável e os números do Non-Farm Payrolls fiquem em linha com os relatórios anteriores”, afirma Ruben Ferreira, salientando, no entanto, que “dados mais fracos do que os esperados poderão desafiar os recentes sinais de robustez da economia dos EUA, potencialmente levando a Reserva Federal a acelerar os cortes das taxas, o que colocaria pressão sobre o dólar”.

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