Pedro Sánchez acusou que este processo era o culminar de um cerco a si próprio, feito por forças políticas de direita e extrema-direita, primeiro através de denúncias em sites na internet, depois com ações políticas, e, agora, com a intervenção do poder judicial.
“É uma operação de perseguição e assédio por terra, mar e ar, para tentar enfraquecer-me política e pessoalmente atacando a minha esposa”, afirmou Sánchez, na carta “aos cidadãos” em que anunciou o período de reflexão e em que acusou o Partido Popular (PP), de direita, e o Vox, que tem sido seu parceiro, de extrema-direita, de não terem aceitado os resultados das legislativas de 23 de julho. “O povo espanhol votou maioritariamente pelo avanço, permitindo a reedição de um governo de coligação progressista”, diz o secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).
É verdade que as eleições permitiram a reedição da coligação entre o PSOE e o Sumar, a plataforma de esquerda promovida por Yolanda Diaz, segunda vice-presidente do governo espanhol e ministra do Trabalho, mas também é certo que o PP foi o partido mais votado e que o atual governo só se tornou possível com o voto dos partidos independentistas, em troca de um perdão aos catalães, coisa que Sánchez garantiu, durante a campanha eleitoral, que não faria.
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