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Polónia: centrista Trzaskowski vence, mas país segue para a segunda volta

Presidente da autarquia de Varsóvia, próximo do primeiro-ministro Donald Tusk, vence a primeira volta das presidenciais por pequena margem, com a oposição a conseguir um inesperado bom resultado.
Newly appointed Polish Prime Minister Donald Tusk speaks during a parliament session, in Warsaw, Poland December 12, 2023. REUTERS/Aleksandra Szmigiel
18 Maio 2025, 20h56

O presidente da câmara de Varsóvia, Rafał Trzaskowski, venceu por uma pequena margem a primeira volta das eleições presidenciais da Polónia este domingo contra o seu rival de direita Karol Nawrocki. Com a segunda volta marcada para 1 de junho, os dois candidatos asseguraram a sua presença na batalha final.

Trzaskowski, que faz parte do partido Plataforma Cívica, do primeiro-ministro Donald Tusk – ex-presidente do Conselho Europeu – obteve 30,8% dos votos, enquanto Nawrocki, apoiado pelo partido populista de direita Lei e Justiça (PiS), obteve 29,1%, de acordo com uma sondagem à boca das urnas feita pela Ipsos e divulgada logo após o término a votação.

Segundo a imprensa polaca, a margem de vitória de Trzaskowski foi menor que a prevista nas sondagens pré-eleitorais, dando impulso a Nawrocki rumo à segunda volta e mantendo vivo o PiS – que esteve no poder até ser derrotado por Tusk. Uma sondagem da responsabilidade do ‘Polico’ adiantava que Trzaskowski deveria chegar aos 31% e Nawrocki não iria além dos 26%. Um ‘gap’ mais pequeno será visto como uma vitória dos populistas de extrema-direita.

“Estou muito feliz por ter vencido a primeira volta, mas ainda há muito trabalho pela frente”, disse Trzaskowski, citado pela imprensa. O presidente da autarquia da capital enfrenta agora pressão imediata para ampliar o seu apelo a um eleitorado mais amplo, que lhe permita conseguir a vitória na segunda volta.

A batalha entre Trzaskowski e Nawrocki será sobre quem conseguirá atrair os eleitores que optaram por um dos candidatos menores na primeira volta. Trzaskowski tentará atrair os apoiantes de candidatos de centro e de esquerda, enquanto Nawrocki tentará atrair o apoio do candidato de extrema-direita Sławomir Mentzen, que ficou em terceiro lugar com 15,4%.

“Quero dirigir-me a um dos candidatos, Sławomir Mentzen. Este é o momento de salvar a Polónia. Nós dois queremos uma Polónia soberana, forte, rica e segura”, disse Nawrocki numa intervenção após o encerramento das urnas. Szymon Hołownia, o presidente do parlamento, concorreu pelo partido de centro-direita Polónia 2050 e obteve 4,8% dos votos, enquanto Magdalena Biejat, candidata da esquerda, teve apenas 4,1%. Ambos os partidos fazem parte da coligação do governo liderada por Tusk. Grzegorz Braun, um candidato antissemita de extrema-direita, ficou num surpreendente quarto lugar, com 6,2%. Adrian Zandberg, do partido de extrema-esquerda Together, que não faz parte da coligação de Tusk, ficou em quinto lugar, com 5,2%.

A imprensa salienta que, no geral, os candidatos que se opõem a Tusk conseguiram melhores resultados que os obtidos pelos partidos que apoiam o governo, o que significa que Trzaskowski terá um longo caminho a percorrer para vencer em 1 de junho.

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