No Dia Mundial do Turismo, a APL – Administração do Porto de Lisboa revela que os valores de qualidade do ar na área do Terminal de Cruzeiros do Porto de Lisboa mantiveram-se dentro dos limites legais estabelecidos pela legislação nacional, entre setembro de 2022 e agosto de 2023.
A maioria dos índices medidos durante 12 meses recebeu classificação de “Muito Bom” ou “Bom”, revela a APL.
O presidente da APL, Carlos Correia, destacou no comunicado que “os resultados do Índice de Qualidade do Ar diário (IQAr) no Porto de Lisboa apontam, para todos os pontos de medição, classificações maioritárias de ‘Muito Bom’ e/ou ‘Bom’. Em alguns momentos, registaram-se classificações de ‘Médio’ ou de ‘Fraco’, com os parâmetros Dióxido de azoto (NO2) e de Poluição por partículas finas (PM2,5) a serem os principais responsáveis por essas variações”.
Esta monitorização da qualidade do ar na área do Terminal de Cruzeiros realizou-se durante um ano, de forma contínua e em locais distintos, no âmbito dos resultados preliminares de um estudo técnico realizado por um Laboratório acreditado para a monitorização da Qualidade do Ar.
O estudo integra o Plano de Monitorização da Qualidade do Ar na Atividade de Cruzeiros do Porto de Lisboa, segundo os critérios de avaliação da Agência Portuguesa do Ambiente e cuja versão final será apresentada em breve pela APL.
O Porto de Lisboa tem reforçado o compromisso com transição marítima verde e a APL investiu 31 milhões de euros na eletrificação do Terminal de Cruzeiros, com o projeto OPS – Onshore Power Supply, que estará operacional em 2026.
“Este investimento demonstra a aposta do Porto de Lisboa na promoção de práticas sustentáveis para reduzir o impacto ambiental da atividade portuária, permitindo que os navios de cruzeiro atracados se liguem à rede elétrica em terra, podendo desligar os motores enquanto permanecem no porto e reduzir dessa forma as emissões de CO2”, explica a APL
A tecnologia de ligação à eletricidade em terra, utilizada no setor há mais de 20 anos, já está disponível em 60% da frota de cruzeiros (em 146 navios), um aumento de quase 20% face a 2022. Em 2028, espera-se que um total de 239 navios já possuam esta capacidade.
Setor dos cruzeiros investe na descarbonização
De acordo com dados divulgados ao longo deste verão da CLIA – Associação Internacional de Cruzeiros, “verificamos que a indústria e as companhias de cruzeiros estão a investir fortemente na descarbonização, desenvolvendo novos navios e tecnologias de motores para utilizar combustíveis de baixas ou nulas emissões de gases com efeito de estufa”, revela a APL.
Exemplo disso é a redução da utilização de fuelóleo pesado (HFO), de 74% em 2019 para 54% em 2023, de acordo com o Relatório da Organização Marítima Internacional sobre os dados de consumo de fuelóleo, submetidos à base de dados de consumo de fuelóleo de navios da IMO no GISIS, ano de referência, 2023.
A APL destaca que, na Europa, estas iniciativas já resultaram numa redução média de 16% nas emissões de CO2 por navio, demonstrando que o crescimento do setor pode ser dissociado do aumento das emissões.
Desde 2019, houve uma redução de 16% nas emissões médias por navio e espera-se que, até 2028, 72% da frota mundial esteja equipada para utilizar eletricidade em terra. “Dados confirmados pelo último relatório anual de sustentabilidade da CLIA, divulgado em setembro de 2024, que sintetiza aqui os resultados deste contínuo investimento em soluções sustentáveis”, assegura a APL.
“Exemplos que revelam as mudanças nas viagens de cruzeiro enquanto parte integrante de um esforço coletivo continuado por parte dos portos, dos operadores, das companhias e da indústria de cruzeiros” sublinha o Porto de Lisboa que realça que estas alterações “denotam uma preocupação constante global e local no que respeita à adaptação energética e ao ajustamento da frota mundial para alcançar a navegação a zero emissões até 2050”.
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