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Portugal: 71% da força de trabalho precisa de formação até 2030

O novo relatório sobre o futuro do trabalho estima que serão criados 78 milhões de novas oportunidades de emprego até 2030, mas é urgente melhorar a requalificação das forças de trabalho.
trabalho fábrica indústria
14 Janeiro 2025, 09h16

A poucos dias do Fórum Económico Mundial, que será realizado entre os dias 20 e 24 de janeiro, em Davos, na Suíça, a organização divulgou a nova edição do relatório sobre o “Futuro do Trabalho”. O documento revela os desafios que o mercado laboral enfrentará nos próximos cinco anos e retrata o impacto da transformação tecnológica, assim como as reformas necessárias para enfrentá-los. Nesta edição foram entrevistadas 1.043 das principais empresas de 55 países, que no conjunto empregam um total de 14,1 milhões de pessoas. Até 2030, 92 milhões de empregos serão extintos e 170 milhões serão criados.

Em Portugal, espera-se que 71% da força de trabalho precise de formação até 2030, acima da média global de 58%. As skills mais procuradas nos próximos cinco anos incluem curiosidade e aprendizagem ao longo da vida, gestão de talentos, liderança e influência social. O ensino e a mentoria, bem como gestão de recursos, também estão a tornar-se cada vez mais procuradas no país.

Segundo o relatório, as empresas que operam em Portugal planeiam investir em requalificação: 87% dos empregadores esperam uma melhor retenção de talentos e 73% pretende transferir funcionários para novos cargos. Já 40% dos entrevistados consideram o governo é uma fonte chave de financiamento para os seus esforços de requalificação nas empresas, o que é o dobro da média global.

“Tendências como IA generativa e mudanças tecnológicas rápidas estão a revolucionar os setores e mercados de trabalho, criando oportunidades sem precedentes e riscos profundos”, comentou Till Leopold, diretor de Trabalho, Salários e Criação de Empregos do Fórum Económico Mundial. “Chegou a hora das empresas e governos se unirem, investirem em qualificação e criarem uma força de trabalho global equitativa e resiliente”.

O aumento do custo de vida é outro importante impulsionador da mudança do mercado de trabalho e metade dos empregadores espera que isso transforme os modelos de negócios. Embora a inflação global tenha diminuído, espera-se que a pressão dos preços e o crescimento económico mais lento retirem seis milhões de empregos globalmente até 2030. Esses desafios aumentam a procura por skills como a resiliência, agilidade, flexibilidade e criatividade. Para enfrentar as mudanças delineadas no relatório, é necessária uma ação urgente e coletiva entre governo, empresas e o sector da educação.

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