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Portugal deverá administrar 95 mil vacinas por dia no segundo trimestre, prevê coordenador da task force (com áudio)

Na reunião do Infarmed, o vice-almirante apontou que Portugal contratou um total de 11,3 milhões de vacinas para o segundo trimestre, mas que a previsão de chegada é de 8,6 milhões de doses, adiantando ainda que só no mês de abril vão chegar 1,8 milhões de vacinas para administrar aos cidadãos portugueses consoante o plano.
  • MÁRIO CRUZ/LUSA
23 Março 2021, 12h21

O vice-almirante Henrique de Gouveia e Melo, coordenador da task force para o plano de vacinação, sustentou que Portugal poderá administrar 95 mil vacinas diárias no segundo trimestre, dada a contratação e a previsão de vacinas.

De acordo com o vice-almirante, devido ao “ritmo crescente de administração de vacinas” no segundo trimestre irá atingir-se um novo recordo de administração de doses, entre as 95 mil e 100 mil vacinas por dia. Em abril, a estimativa é de vacinar 60 mil cidadãos por dia e em maio e junho este valor deve fixar-se nas 100 mil doses diárias.

Na reunião do Infarmed, o vice-almirante apontou que Portugal contratou um total de 11,3 milhões de vacinas para o segundo trimestre, mas que a previsão de chegada é de 8,6 milhões de doses, adiantando ainda que só no mês de abril vão chegar 1,8 milhões de vacinas para administrar aos cidadãos portugueses consoante o plano.

Henrique de Gouveia e Melo defendeu que caso o número total contratado de vacinas chegue atempadamente é possível alterar “ligeiramente” a previsão de vacinação de 70% da população do fim do verão para o início. Ainda assim, o coordenador da task force assegurou que tal adiantamento do prazo só é possível caso as 14,9 milhões de doses do terceiro trimestre se confirmem. Assim, e apesar de não negar essa possibilidade, Henrique de Gouveia e Melo assegura que a previsão de vacinação de 70% da população se mantém.

O coordenador adiantou que a solução disponibilizada e contratada à AstraZeneca “continua a ter um grande peso na panóplia de vacinas”, devido à retoma das doses que foram suspensas na última semana. Apesar de não incluir a vacina produzida pela Janssen Pharmaceuticals no plano, Henrique de Gouveia e Melo mostrou-se confiante que esta se junte ao plano de vacinação português durante a segunda quinzena de abril, ainda que “sem certezas”.

Das vacinas que chegam em abril, o coordenador fez saber que 95 mil vacinas têm como destino as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, enquanto as restantes doses deverão permanecer no continente.

Realizando o balanço do processo de vacinação até ao passado sábado, o vice-almirante admitiu que já foram administradas 1,3 milhões de vacinas. Para esta semana está prevista a administração de um total de 277 mil vacinas, às quais se juntas as 63 mil vacinas da AstraZeneca que foram colocadas em pausa na semana passada.

O coordenador sustentou ainda que as Estruturas Residenciais Para Pessoas Idosas (ERPI), vulgarmente conhecidas por lares, já apresentam 90% dos seus residentes vacinados, sendo que a task force aguarda agora que as restantes estruturas saiam dos surtos e cumpram os critérios definidos para se iniciar o processo de vacinação.

Os cidadãos com mais de 80 anos atingiram o marco de 83% de vacinados, com o vice-almirante a admitir passar a meta para março, uma semana antes do prazo marcado. Por sua vez, Portugal já vacinou 67% dos cidadãos entre os 50 e os 80 anos com comorbilidades associadas, enquanto 99% do pessoal dos serviços essenciais já foram vacinados e na área da saúde privada e do Estado já foram vacinados 94% dos profissionais.

No sector do ensino, o vice-almirante estima que Portugal vacine 80 mil professores e pessoal não docente até ao próximo fim-de-semana, o que corresponde a 28% do total.

Esta semana, Portugal vai atingir a meta de um milhão de portugueses vacinados com uma dose e de 500 mil cidadãos vacinados com as duas doses, estando então imunizados perante a SARS-CoV-2.

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