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Portugal entre os países europeus onde o risco de pobreza aumentou em 2020

“As perdas nos rendimentos de trabalho deveram-se, em grande parte, ao aumento sem precedentes no número de trabalhadores ausentes do trabalho ou com um horário reduzido”, destaca o Eurostat no relatório das estimativas sobre a desigualdade de rendimentos em 2020
1 – Portugal
5 Julho 2021, 11h00

A pandemia de Covid-19 fez com que a taxa de risco de pobreza aumentasse em nove países, um grupo no qual Portugal está incluído, revela o Eurostat esta segunda-feira, 5 de julho. O gabinete adianta que o rendimento médio disponível do agregado familiar e a taxa de risco de pobreza se mantiveram estáveis na Europa, ainda que se tenham verificado algumas tendências de crescimento.

O relatório do Eurostat revela que o rendimento médio do emprego na população em idade ativa, isto entre os 18 e os 64 anos, diminuiu 7% na União Europeia em 2020 em comparação com 2019.

Em comparação com o ano anterior, os maiores aumentos da taxa de risco de pobreza foram observados em Espanha, Croácia, Itália, Eslovénia e Grécia, destacando-se ainda a Irlanda, Portugal, Áustria, Suécia e Bulgária. A taxa de risco diminuiu na Estónia e manteve-se estável em metade dos estados-membros.

“As perdas nos rendimentos de trabalho deveram-se, em grande parte, ao aumento sem precedentes no número de trabalhadores ausentes do trabalho ou com um horário reduzido”, destaca o gabinete estatístico no relatório das estimativas sobre a desigualdade de rendimentos em 2020

Apesar das perdas, o Eurostat aponta que as políticas temporárias, transferências e impostos ajudaram a compensar o forte impacto da Covid-19 sentido sobre o rendimento disponível das famílias.

“As alterações temporárias desempenharam um papel importante na estabilização dos salários e dos rendimentos familiares, em particular para aqueles com rendas mais baixas. Embora as pessoas com salários mais baixos tenham sido mais afetadas pela crise da Covid-19, os apoios temporários ajudaram a compensar as perdas. Os benefícios da remuneração seguem uma distribuição progressiva, sendo superiores para os que apresentam rendimentos menores”, termina o Eurostat.

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