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Portugal reciclou mais de 10 milhões de toneladas de embalagens

Os cidadãos deveriam depositar oito garrafas de vidro por ano no ecoponto verde para o país atingir a meta europeia, segundo a Sociedade Ponto Verde.
17 Maio 2024, 13h48

“Portugal já reciclou mais de 10 milhões de toneladas de embalagens, mas precisa de reciclar mais”, diz a Sociedade Ponto Verde no dia em que se celebra o Dia Internacional da Reciclagem.

A empresa diz que o fluxo da reciclagem de embalagens é o único a cumprir metas e em 2023 a taxa de retoma foi de 55,3%. “Hoje estamos a cumprir, mas é necessário acelerar para chegar às metas de 2025 em que 65% de todas as embalagens têm de ser recicladas”, alerta a Sociedade.

No entanto a reciclagem de vidro fica aquém das metas. “O vidro é o material que continua a suscitar maior preocupação pois atualmente não estamos a cumprir. Para atingir a meta é necessário que cada cidadão separe oito garrafas de vidro por ano”, refere a Sociedade Ponto Verde.

Em jeito de balanço a empresa diz que o contributo dos portugueses na recolha seletiva de embalagens em Portugal soma mais de 10 milhões de toneladas de embalagens colocadas nos ecopontos nacionais desde 1996, ano de constituição da SPV, que marcou o arranque do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens no país.

Só no primeiro trimestre de 2024 foram encaminhadas para reciclagem um total de 111.696 toneladas de embalagens, o que significa um aumento de 3% em comparação com o período homólogo, revela a sociedade que tem como missão contribuir para a promoção da Economia Circular através do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE).

A SPV diz que estes “são dados que fazem deste o único fluxo de resíduos urbanos a cumprir com as metas nacionais da reciclagem, embora os resultados mais recentes mostrem que a recolha seletiva de embalagens tenha de acelerar”.

O país tem de alcançar os novos objetivos impostos pela União Europeia. Isto é, reciclar, pelo menos, 65% de todas as embalagens colocadas no mercado até ao final de 2025.

Para evitar o incumprimento, o país carece de um aumento significativo, nomeadamente no material “vidro”.

“Os cidadãos têm já ao seu dispor sistemas de recolha de embalagens diversificados e funcionais, que permitem aumentar a deposição dos resíduos e o seu encaminhamento para reciclagem, nomeadamente ecopontos, porta-a-porta, ecocentros ou recolha a pedido. Contudo, é necessário continuar a melhorar o nível de serviço que lhes é prestado, em qualidade e conveniência, associado a uma forte componente de sensibilização e educação ambiental, que seja mobilizadora para gerar mais ação”, refere a SPV.

A sociedade apela a que também por parte das empresas “deve existir capacidade de investimento em inovação colaborativa que permita continuar a disponibilizar embalagens e produtos cada vez mais sustentáveis para o grande consumo, em todo o seu ciclo de vida”.

“Portugal tem feito um trabalho notável no que diz respeito à reciclagem de embalagens. O sistema tem vindo a evoluir e os cidadãos têm sido bastante participativos, mas é preciso acelerar quando o país tem novas metas para cumprir,” refere Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde.

“Motivar para gerar ainda mais ação é fundamental. São os cidadãos que depositam as suas embalagens nos ecopontos e, por isso, a par de terem ao dispor um serviço de qualidade e conveniente, há que investir em campanhas de proximidade e diferenciadoras, ensinando o impacto positivo que este gesto tem no Planeta”, acrescenta a CEO.

“A reciclagem de embalagens é um compromisso com a Sustentabilidade e com a prossecução dos ODS das Nações Unidas, nomeadamente no que diz respeito à produção e ao consumo sustentáveis, e nós, na SPV, estamos totalmente empenhados nesta missão,” conclui a CEO da SPV.

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