A população portuguesa está a envelhecer cada vez mais na sua idade média e a tendência não é para melhorar, dado que a atual geração de jovens não conseguem ter mais do que dois filhos. O alerta foi deixado por Jorge Malheiros, geógrafo do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa, no painel intitulado ‘Demografia, negócios familiares e conspiração grisalha’, inserido na conferência “Zona de Impacto”, organizada pelo Jornal Económico, em parceria com o Novobanco.
“Ter mais do que dois filhos é uma coisa muito difícil. Mesmo com os emigrantes temos um saldo negativo desde há 16 anos”, sublinhou o geógrafo, que traça a demografia do país e o seu envelhecimento nos últimos 60 anos.
“Em 1960, o número de idosos em Portugal correspondia a menos de 10%. Hoje em dia são 25%. Em cada quatro cidadãos, um tem mais de 65 anos. Para cada 100 jovens temos 183 idosos e em breve ultrapassará os 200”, afirmou.
O geógrafo aponta que o envelhecimento da população acaba por ser um problema que está claramente associado ao Serviço Nacional de Saúde, já que “a população idosa tem um custo de saúde muito mais elevado do que os mais jovens”.
Por outro lado, salienta que é positivo o facto do país ter uma população mais idosa, porque esse é um sinal de que as pessoas querem viver mais tempo e que o país tem uma esperança média elevada com qualidade, nomeadamente o sexo masculino.
“As mulheres vivem mais tempo que os homens, mas com menos qualidade de vida”, salientou.
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