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“Praticamente certo”: 2024 vai ser o ano mais quente

Instituto Copérnico diz que é preciso a temperatura aproximar-se do zero nos últimos dois meses do ano, de forma a que 2024 consiga reverter o recorde de ser o ano mais quente desde que há registo.
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FILE PHOTO: A man holds a sign as activists mark the start of Climate Week in New York during a demonstration calling for the U.S. government to take action on climate change and reject the use of fossil fuels in New York City, New York, U.S., September 17, 2023. REUTERS/Eduardo Munoz/File Photo
7 Novembro 2024, 13h48

O presente ano vai colocar um pin no mapa, mas pelas razões erradas. Os cientistas do instituto Copérnico dizem que é “praticamente certo” que 2024 eclipse 2023 como o ano mais quente desde que há registo, tendo mesmo o recorde da temperatura ser 1,5ºC acima da era pré-industrial.

Estes dados foram revelados em antecipação à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que decorre no Azerbeijão nas próximas duas semanas. É esperado que os países assinem um novo acordo onde concordem com o aumento do financiamento para enfrentar as alterações climáticas.

O instituto Copérnico admite que a temperatura média entre janeiro e outubro foi tão elevada que os dados davam a certeza que 2024 será considerado o ano mais quente de sempre. Ainda assim, abriram uma hipótese: novembro e dezembro precisam de registar temperaturas próximas de zero para 2024 não ser o ano mais quente.

“A causa fundamental e subjacente do recorde a registar-se este ano é a alteração climática que estamos a sentir”, apontou Carlo Buontempo, diretor do instituto Copérnico, à “Reuters”. “Em geral, o clima está a aquecer. O tempo está a aquecer em todos os continentes e bacias oceânicas”.

Mas os cientistas deixam um alerta ainda maior sobre 2024. É que este ano será o primeiro em que o planeta ficará 1,5ºC mais quente do que o período pré-industrial, entre 1850 e 1900, altura em que os humanos começaram a queimar combustíveis fósseis.

“Os limites que traçámos no Acordo de Paris estão a começar a desmoronar-se, dado o passo lento da ação climática em todo o mundo”, explicou a cientista climática Sonia Seneviratne da universidade ETH Zurich, citada pela “Reuters”.

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