Preço do azeite aumentou 75% desde janeiro de 2021

O preço do azeite disparou 75% entre setembro deste ano e janeiro de 2021 na União Europeia, de acordo com dados avançados esta quinta-feira pelo Eurostat.

Em janeiro do ano passado, os preços deste produto já eram 11% mais elevados face registados no mês homólogo. Contudo, segundo o gabinete de estatísticas europeu, foi entre setembro de 2022 e setembro de 2023 que o aumento se acentuou.

Em Portugal, de acordo com dados recentes do Observatório de Preços, o preço médio do azeite aumentou acima de 63% entre 17 de julho a 13 de agosto em relação ao período homólogo de 2022, tendo este preço médio sido de 6,22 euros no período em análise.

Em Espanha, o principal produtor mundial de azeite, os preços atingiram níveis recorde nos últimos meses, sendo atualmente o país onde o preço mais subiu na União Europeia (UE). De facto, o “El Economista” já tinha avançado que os espanhóis que vivem perto da fronteira se deslocavam até Portugal para comprar azeite mais barato.

A par do azeite, também os preços da batata registaram uma subida assinalável desde janeiro de 2021, nota o Eurostat, que aponta para um aumento de 53% em setembro deste ano, após um pico em junho, quando os preços subiram 60%.

No mesmo mês em análise, os preços dos ovos eram 37% mais elevados do que em janeiro de 2021, tendo estabilizado nos dois primeiros trimestres e, também, registado alguma quebra em agosto e setembro deste ano.

Quanto aos preços da manteiga, o Eurostat dá conta de uma evolução semelhante. Em dezembro do ano passado, os preços da manteiga atingiram um pico ao subirem 44% face aos valores de janeiro de 2021, começando a cair gradualmente; em setembro, a manteiga era 27 % mais cara do que em janeiro de 2021.

A UE produz cerca de 67% do azeite consumido no mundo inteiro, liderando também no consumo e nas exportações. De acordo com o Eurostat, o azeite europeu é produzido em cerca de quatro milhões de hectares de terras dedicados à cultura da oliveira, combinando olivais tradicionais, intensivos e superintensivos.