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Preço dos bens alimentares atingem novo máximo devido à guerra na Ucrânia

De acordo com a FAO, registou-se, em março, um crescimento recorde de 13% dos preços dos bens alimentares a nível mundial.
8 Abril 2022, 14h50

Os preços dos alimentos a nível mundial estão a crescer ao ritmo mais alto de sempre, devido às disrupções nas cadeias de abastecimento causadas pela guerra na Ucrânia, agravando a perda de poder de compra das famílias e a fome a nível mundial.

De acordo com um relatório publicado, esta sexta-feira, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, sigla em inglês), óleos alimentares, cereais e carnes atingiram valores máximos, o que significa que os bens alimentares custaram um terço a mais em março do que no mesmo período do ano passado.

Feitas as contas, os preços dos bens alimentares seguem no sétimo trimestre consecutivo a subir, fazendo deste o período consecutivo de ganhos mais longo tipo desde 2008, explica a “Bloomberg”. Esta subida de preços pode levar mais 40 milhões de pessoas para a pobreza extrema, segundo uma análise publicada no mês passado pelo Centro para o Desenvolvimento Global (um ‘think tank’ sem fins lucrativos).

O conflito armado na Ucrânia é a principal causa uma vez que as exportações destes bens através do Mar Negro foram comprometidas. Com os portos ucranianos encerrados, muitos navios estão a evitar a região, que é responsável por cerca de um quarto de todo o comércio de cereais.

A guerra ajudou a elevar os preços dos cereais em 17% no mês passado, enquanto que o trigo subiu 19,7% e o milho 19,1%, atingindo um recorde, juntamente com os da cevada e do sorgo.

A FAO garante que os problemas a nível da exportação vão, muito provavelmente, continuar levando a preços mais altos, stocks mais baixos e incerteza no mercado de trigo no futuro.

 

 

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