Comprar um automóvel custa hoje aos portugueses, em média, mais 22,6% do que em 2019, em período pré-pandemia, indica uma análise do “Dinheiro Vivo/DN”. Ainda que as vendas estejam a aumentar, entre as principais razões para o aumento dos preços estão as perturbações na cadeia de abastecimento, no transporte e a escassez de componentes (semicondutores).
Atualmente, um Renault Clio a gasolina (versão base) custa 20.415 euros, mais 2.625 euros (14,7%) que em 2019, enquanto um Dacia Sandero aumentou 37,5% e o Volkswagen Polo custa mais 33,8%, em acréscimos de 3.178 e 5.632 euros, respetivamente.
Na opinião de Hugo Barbosa, diretor de comunicação da Renault Portugal, as perturbações no sector automóvel começaram a ser vistas com a pandemia, em que os construtores adotaram um “comportamento defensivo” com a redução de encomendas dos semicondutores, mas também devido à subida dos custos de produção, uma vez que o aço aumentou mais de 60% no ano passado devido à guerra na Ucrânia e consequente crise energética.
Já o diretor-geral do Standvirtual, Nuno Castel-Branco, lembra que o mercado português via muitos descontos nos carros novos, onde muitos chegavam aos 15% e 20%, sendo que hoje não se verificam as reduções de preços. No entanto, aponta que quando houver excesso de stock nos fabricantes, os descontos podem regressar.
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