[weglot_switcher]

Prémio Nobel da Paz iraniana Mohammadi foi hospitalizada

A vencedora do Prémio Nobel da Paz, Narges Mohammadi, foi hospitalizada finalmente, após nove semanas sem tratamento médico, o que provocou “graves danos na sua saúde”.
27 Outubro 2024, 15h31

A vencedora do Prémio Nobel da Paz, Narges Mohammadi, foi hospitalizada finalmente, após nove semanas sem tratamento médico, o que provocou “graves danos na sua saúde”, informou a família.

“Narges Mohammadi foi finalmente hospitalizada graças ao apoio de ativistas dos direitos civis e humanos e da pressão da comunidade internacional e dos meios de comunicação social”, afirmou em comunicado a família da galardoada com o Prémio Nobel da Paz, que está detida.

A família de Mohammadi também denuncia que estas nove semanas de “negligência e privação, juntamente com os longos anos de prisão e confinamento solitário, causaram graves danos à saúde” da ativista, e pede a sua “libertação incondicional”.

Mohammadi – de 52 anos, que está presa na cadeia de Evin, em Teerão, desde 2021 – foi condenada na semana passada a mais seis meses de prisão por ter protestado, em agosto passado, contra a execução do recluso Reza Rasai pelo seu alegado envolvimento no assassinato de um polícia durante a revolta provocada pela morte de Mahsa Amini (sob custódia policial, por incorrer contra o código de indumentária), em setembro de 2022.

Durante o protesto na prisão contra a execução de Rasai, Mohammadi foi atingida no peito e desmaiou, informou a sua família na altura.

Com esta recente sentença, a ativista dos direitos humanos ficou com uma pena total de 13 anos e nove meses de prisão e 154 chicotadas, entre outras penas.

No entanto, apesar das condenações e da prisão, a ativista continua a denunciar as violações dos direitos humanos no Irão, incluindo a aplicação da pena de morte ou a violência contra as mulheres que não usam o véu islâmico.

Mohammadi recebeu o Prémio Nobel da Paz de 2023 “devido à sua luta contra a opressão das mulheres no Irão e pela promoção dos direitos humanos e da liberdade para todos”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.