O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo escusou-se hoje a comentar as declarações do secretário-geral socialista, dizendo não ter virado “à esquerda, nem à direita”, e revelou que não vai suspender a sua agenda no dia da greve geral.
“Eu não virei à esquerda, nem à direita. Os senhores têm de compreender que eu quero unir Portugal, com todos os portugueses”, limitou-se a responder Gouveia e Melo, ao ser questionado sobre as declarações do secretário-geral do PS, depois de entregar as assinaturas para formalizar a sua candidatura presidencial no Tribunal Constitucional.
José Luís Carneiro considerou hoje inadequado que Henrique Gouveia e Melo se tenha arvorado “como candidato do PS”, enfatizando que o único na corrida presidencial que tem o apoio dos socialistas é António José Seguro.
O socialista falou aos jornalistas nos Passos Perdidos da Assembleia da República na sequência do debate da noite de terça-feira entre Henrique Gouveia e Melo e António José Seguro, defendendo que “ficou claro” que quem reúne as melhores condições para ser Presidente da República e mostrou ter o perfil para o cargo é o candidato apoiado pelo PS.
“Considero mesmo inadequado que um outro candidato presidencial se tenha arvorado como candidato do PS”, afirmou, criticando Gouveia e Melo.
No debate, Gouveia e Melo disse que representa “outro campo político também, que é o do PS”, classificando depois o seu oponente como representante de “uma fação do PS”.
“Nem consegue fazer o pleno do PS. E daí a sua preocupação com esses ataques que me está a fazer”, respondeu na terça-feira o almirante.
Já sobre a greve geral agendada para quinta-feira, o candidato às eleições presidenciais de 18 de janeiro lembrou que é “adepto que na concertação social se façam as negociações”, mas rejeitou suspender a sua agenda.
“Eu mantenho a minha agenda porque a última coisa que faria era greve à minha agenda, que significa que, de alguma forma, não estava a respeitar os portugueses. E eu respeito os portugueses todos e faço a minha campanha como todos os outros fazem no dia de amanhã [quinta-feira]”, justificou.
A greve geral contra o anteprojeto do Governo de reforma da legislação laboral será a primeira paralisação a juntar as duas centrais sindicais, CGTP e UGT, desde junho de 2013, altura em que Portugal estava sob intervenção da ‘troika’.
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