António José Seguro, antigo secretário-geral do Partido Socialista (PS), continua a ponderar entrar na corrida presidencial, dando nota que quer e pode ser candidato, mas ainda pondera se deve fazê-lo tendo em conta a conjuntura política.
“Posso dizer que uma decisão já esteve mais longe, sim. Neste momento a minha reflexão é a seguinte: quero ser candidato, posso ser candidato — tenho condições logísticas e apoios —, mas ainda está em ponderação e análise se devo ser candidato”, afirmou Seguro, no espaço de comentário na CNN, no dia em que Gouveia e Melo oficializou a candidatura a Belém.
O ex-líder do PS entende que a atual situação política “exige que um candidato avalie o papel do próximo Presidente da República”. “Houve uma conjuntura política que se alterou. As eleições não resolveram o problema da estabilidade política”, observa Seguro, sublinhando que, embora o Governo da Aliança Democrática tenha recebido um “balão de oxigénio”, o Parlamento está “fragmentado e polarizado”, com o Chega a representar agora a segunda força.
Quem vier a suceder a Marcelo Rebelo de Sousa em 2026 terá de ser um “vigilante do sistema”, considera Seguro, assumindo estar a analisar se reúne as características “que servem o papel que é necessário para a próxima conjuntura”.
O antigo secretário-geral socialista disse que ainda não se encontrou com José Luís Carneiro, para já candidato único a líder do PS, ao contrário de António Vitorino, outro possível candidato da ala socialista que mantém a hipótese em aberto. Seguro voltou a dizer que é um “homem livre” e que tem os seus próprios calendários. E lembrou que no início deste processo de ponderação prometeu tomar uma decisão “lá para a primavera, início do verão” e cumprirá.
Sobre a candidatura do almirante na reserva, Seguro não quis tecer grandes comentários, mas do que ouviu na rádio, quando se encontrava em viagem, Gouveia e Melo fez um discurso “previsível”.
A oficialização da candidatura de Gouveia e Melo coincidiu com o dia em que o PSD votou o apoio ao candidato Marques Mendes, que já lançou a candidatura em fevereiro, antes da crise política que conduziu o país a eleições antecipadas.
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