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Presidente chinês reúne-se com homólogos africanos antes do fórum de cooperação

Xi Jinping reuniu-se com os homólogos da Nigéria, Guiné-Conacri, Togo, Malaui, Chade e Quénia, um país que enfrenta uma enorme dívida.
3 Setembro 2024, 19h07

O Presidente chinês manteve hoje novos encontros com homólogos africanos, que estão em Pequim para o Fórum de Cooperação China-África, com os quais o país asiático procura reforçar mais a sua posição no continente.

Xi Jinping reuniu-se com os homólogos da Nigéria, Guiné-Conacri, Togo, Malaui, Chade e Quénia, um país que enfrenta uma enorme dívida.

A China tem sido o maior parceiro comercial de África nos últimos 15 anos, com volumes que atingem um recorde de 282,1 mil milhões de dólares (255,55 mil milhões de euros) em 2023.

No entanto, algumas vozes também criticaram a estratégia de “armadilha da dívida” da China no continente, devido à alegada utilização estratégica da dívida para tornar os países africanos cativos dos desejos e exigências de Pequim.

No ano passado, o chefe de Estado queniano, William Ruto, reconheceu que os empréstimos existentes com o gigante asiático ascendiam a cerca de 6,3 mil milhões de dólares (5,71 mil milhões de euros).

Depois do Banco Mundial, a China é o segundo maior credor estrangeiro do Quénia, onde o antigo Presidente Uhuru Kenyatta (2013-2022) recorreu repetidamente a empréstimos de Pequim para financiar grandes infraestruturas.

Pelo menos 50 chefes de Estado e de Governo africanos são esperados até ao final da semana na capital chinesa para participar no fórum, um mecanismo de diálogo China-África lançado em Pequim em 2000 e que este ano terá como tema “dar as mãos para promover a modernização” entre as duas partes, com esta edição a decorrer de quarta-feira a sexta-feira.

Desde 2000, o Fórum de Cooperação China-África tem crescido em importância, tornando-se um evento prioritário que acolhe delegações de alto nível de todos os países africanos, com exceção de Esuatini (antiga Suazilândia), que tem laços com Taiwan e não com a China.

O défice comercial de África com a China aumentou no ano passado para 64 mil milhões de dólares (57,98 mil milhões de euros), embora a diferença tenha diminuído no primeiro semestre de 2024 graças ao crescimento das suas importações de África.

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