Marco Galinha falava na comissão parlamentar de Cultura e Comunicação, no âmbito do requerimento apresentado pelo grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) sobre a degradação laboral vivida no grupo Global Media, que detém os títulos, entre outros, Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN) e TSF.
“Nós não temos um euro em atraso na Global Media” neste momento, afirmou o empresário, que é dono do grupo Bel.
“A indicação que tenho do meu CFO [administrador financeiro] – hoje de manhã voltei a confirmar com ele novamente antes” da audição – e “ele garantiu-me que não há um euro em atraso dentro do grupo Global Media, ao contrário do que se passa noutros grupos de media”, afirmou.
Questionado pelo deputado do Bloco de Esquerda (BE) Jorge Costa sobre se comprou a Naveprinter, Marco Galinha afirmou: “Nem comprei, nem vou comprar”.
A gráfica Naveprinter “é um imóvel não operacional, se o grupo Bel entender que vai comprar no futuro, nós, de facto, achamos que a Naveprinter pode ter um interesse logístico”, prosseguiu.
Adiantou que existe um contrato-promessa assinado relativamente à Naveprinter, já que faz parte de um ativo não estratégico.
“A Global Media ficar com a Naveprinter” seria “um caminho direto para o cemitério”, isto porque “o papel tem os dias contados”, disse, ressalvando, no entanto, ter um enorme respeito pelo papel, mas recordou a estratégia do New York Times ou Washington Post nesta matéria.
“O papel é um ativo não importante como é a distribuição”, acrescentou, aludindo à Vasp.
“São ativos não estratégicos, alguns deles estão a perder mais de 300 mil euros por mês”, apontou, salientando que quem paga a fatura dos prejuízos “continuados da Naveprinter e da Vasp” são os jornalistas.
Marco Galinha sublinhou a aposta do grupo na digitalização.
“Eu vou fazer tudo para este grupo vencer”, rematou o presidente da Global Media.
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