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Presidente de Cabo Verde diz-se “desconfortado” com aeroporto internacional sem aviões 

“Não havia aviões de maior porte, movimentação de passageiros, estrangeiros, como costumava ver quando chegava aqui ao Sal. Isso logo dá-me uma sensação de algum desconforto, de alguma tristeza”, admitiu Jorge Carlos Fonseca.
20 Setembro 2020, 10h59

O Presidente de Cabo Verde manifestou-se este sábado “desconfortado” com o cenário do Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, sem aviões, porém confiante na retoma da dinâmica turística. Jorge Carlos Fonseca manifestou esse sentimento na ilha do Sal, à margem do encontro com as entidades camarárias, para se inteirar da situação socioeconómica e epidemiológica da ilha.

Perante o cenário que considerou “desolador”, o chefe de Estado cabo-verdiano conta que quando desceu do avião, além deste, havia apenas um outro aparelho, que supõe ser da mesma companhia, isto é, não havia aviões de maior porte, como habitualmente.

“Não havia aviões de maior porte, movimentação de passageiros, estrangeiros, como costumava ver quando chegava aqui ao Sal. Isso logo dá-me uma sensação de algum desconforto, de alguma tristeza”, exteriorizou, augurando ver as imagens de movimentação do aeroporto a curto prazo, com mais solidez ainda e numa perspetiva mais alargada.

Estribado em informações “encorajadoras”, relativamente à retoma, num “prazo curto”, conforme disse, da atividade turística, quer no Sal quer na Boa Vista, Jorge Carlos Fonseca avaliou, entretanto, a necessidade de manter níveis mínimos de propagação da epidemia.

“Para que o Sal seja visto, em Cabo Verde, como uma ilha sanitariamente segura. Isso é decisivo e fundamental”, sublinhou, destacando alguns investimentos “importantes” para fazer face à pandemia da covid-19, na ilha turística.

“A ilha está melhor do que já esteve, do ponto de vista dos recursos humanos, técnicos (…), mas é evidente que o progresso faz-se com exigências”, considerou, reforçando que uma ilha como o Sal e Boa Vista tem que “fazer tudo” para que o mais depressa possível a atividade turística possa ser retomada.

“É claro que nem todos os fatores dependem exclusivamente de Cabo Verde, mas devemos fazer tudo o que é possível para que articulemos esforços, iniciativas, e o turismo seja retomado, sobretudo nessas ilhas”, ponderou.

Mas para tanto, reiterou, o país tem que dar aos interessados, garantias de segurança sanitária como destino seguro, no contexto em que se está a viver.

“Por isso, essas duas ilhas, e hoje falo do Sal, têm que fazer tudo para que, havendo vontade das empresas, operadores (…), possamos dar a conhecer, garantir e convencer os interessados de que continua a valer a pena vir ao Sal fazer turismo”, concretizou.

Insistindo na importância de se manter os níveis de propagação a um nível “suportável”, o mais baixo possível, Jorge Carlos Fonseca confia que há sinais positivos, encorajadores e estimulantes nesse sentido. Ao mesmo tempo que tudo está nas mãos dos salenses para que o turismo volte a florescer na ilha do Sal.

“Grande parte dos instrumentos está nas mãos dos cidadãos aqui da ilha do Sal, para que o turismo volte a florescer na ilha”, frisou.

Além do encontro de hoje com as entidades camarárias, o Chefe de Estado tem também agendado para sábado visitas ao Hospital Regional Ramiro Alves Figueira, Centro de Saúde de Santa Maria, Delegacia de Saúde e instalações da Proteção Civil. Jorge Carlos Fonseca faz-se acompanhar nessa deslocação do Diretor Nacional da Saúde, Artur Correia.

Cabo Verde diagnosticou mais 78 infetados pelo novo coronavírus e um morto, nas últimas 24 horas, elevando o total acumulado a 5.141 casos da doença desde 19 de março, divulgou ontem o Ministério da Saúde cabo-verdiano.

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