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Presidente do JPMorgan considera que aumento da dívida dos EUA é grande problema

“É um grande problema. Um dia, os mercados de obrigações vão sofrer. Não sei se daqui a seis meses ou a seis anos, pelo que temos de estar atentos”, disse Dimon, em entrevista no programa ‘Mornings with Maria’, da Fox Business.
2 Junho 2025, 21h02

O presidente do banco JPMorgan, Jamie Dimon, alertou hoje que o aumento da dívida dos EUA é “um grande problema” que vai abalar o mercado obrigacionista norte-americano, que já evidencia as consequências das mudanças de política económica.

“É um grande problema. Um dia, os mercados de obrigações vão sofrer. Não sei se daqui a seis meses ou a seis anos, pelo que temos de estar atentos”, disse Dimon, em entrevista no programa ‘Mornings with Maria’, da Fox Business.

Dimon, muito ouvido em Wall Street, indicou que “o verdadeiro objetivo” deveria ser o crescimento em favor das empresas, a regulação da propriedade, a reforma do licenciamento, a eliminação da burocracia e “conseguir o regresso do crescimento”.

Os investidores “vão examinar o país, o Estado de Direito, as taxas de inflação, as políticas do banco central””, antecipou. “Se decidirem que o dólar já não é um valor refúgio”, financiar a dívida federal vai ser mais caro.

Historicamente, os EUA têm podido descansar sobre o apetite dos investidores pelas obrigações federais, com taxas de juro fracas, para apoiar a sua economia.

Mas as taxas subiram na semana passada, antes de descerem, em contexto de preocupações ligadas ao projeto orçamental de Donald Trump, que contempla o prolongamento dos gigantescos créditos de impostos do seu primeiro mandato.

Os investidores e numerosos congressistas das fileiras republicanas estão inquietos com um aumento muito importante do défice federal.

Em meados de maio pela primeira vez, a agência de notação financeira Moodyis retirou à divida soberana dos EUA a sua nota máxima, o ‘famoso’ triplo A degradando-a para AA1.

Já em abril, Dimon tinha alertado para “as turbulências consideráveis” que a economia dos EUA ia enfrentar, apontando entre outras as taxas alfandegárias, as guerras comerciais, a inflação e os défices orçamentais.

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