O presidente da Assembleia Nacional de Cabo Verde defendeu hoje um debate sobre a oficialização da língua cabo-verdiana, numa altura em que o país se prepara para celebrar meio século de independência, a 5 de julho.
“Passados 50 anos de independência, creio que já chegámos a uma altura em que devemos ter alguma descontração no debate de questões” como a da oficialização da língua materna, afirmou Austelino Correia, numa declaração aos jornalistas na cidade da Praia.
O presidente da Assembleia Nacional defendeu que o país deve discutir os grandes temas nacionais sem complexos e sem divisões partidárias que usualmente ocorrem, separando o Movimento pela Democracia (MpD) e o Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV) em vários dossiês.
“O desenvolvimento de Cabo Verde deve ser a nossa prioridade. A língua é fundamental para qualquer nação” e “deve ser reforçada de forma tranquila e serena, respeitando as diferenças, para que possamos encontrar a melhor solução para o país”, concluiu Austelino Correia.
No sábado, Cabo Verde recebeu um fórum sobre a oficialização da língua crioula, assinalando o Dia Internacional da Língua Materna (21 de fevereiro), no qual especialistas internacionais partilharam experiências sobre formas de padronizar a língua.
Neste encontro e noutros anteriores, o Presidente cabo-verdiano tem defendido a oficialização da língua cabo-verdiana, em paridade com o português, como parte das celebrações dos 50 anos da independência.
O artigo 9.º da Constituição da República de Cabo Verde, de 1992, define apenas o português como língua oficial, mas também prevê que o Estado deva promover “as condições para a oficialização da língua materna cabo-verdiana, em paridade com a língua portuguesa”.
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