O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, defendeu uma governação global mais justa e responsável num discurso proferido nos Emirados Árabes Unidos, no início das cerimónias do Prémio Zayed para a Fraternidade Humana, que será atribuído hoje.
“O Conselho de Segurança da ONU está paralisado, obsoleto e não representa o mundo de hoje. Precisamos urgentemente projetar uma nova arquitetura de governança global, baseada na justiça, equidade e responsabilidade compartilhada”, afirmou José Ramos-Horta, salientando os repetidos falhanços em “antecipar crises e prevenir conflitos”.
O chefe de Estado timorense discursava segunda-feira na cerimónia de abertura no ‘Majlis’ da Fraternidade Humana, um encontro anual que junta personalidades de vários quadrantes para debater questões globais e promover a paz.
“Esperamos que o regresso do Presidente Donald Trump à Casa Branca traga o fim de décadas de humilhação, expropriação e tentativas de aniquilação completa dos palestinianos, bem como um acordo de paz abrangente e justo para a guerra na Ucrânia”, afirmou o também prémio Nobel da Paz.
José Ramos-Horta disse também que “promover a fraternidade exige que todos os povos, todas as nações, todas as gerações e todos os segmentos da sociedade se unam no fortalecimento da solidariedade e da coexistência pacífica”.
O prémio Zayed para a Fraternidade Humana será hoje entregue em Abu Dhabi, no Memorial do Fundador, onde em 2019, o Papa Francisco e Ahmed Al Tayeb, o Grande Imame Al Azhar, assinaram o documento sobre Fraternidade Humana.
O prémio deste ano vai ser atribuído à primeira-ministra dos Barbados, Mia Mottley, a Heman Bekele, um jovem de 15, e à organização não-governamental “World Central Kitchen”.
Timor-Leste foi um dos primeiros países a adotar o “Documento sobre a Fraternidade Humana para a Paz Mundial”, tendo sido aprovado por unanimidade no Parlamento Nacional, em maio de 2022.
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