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Princesa do Dubai pede para Reino Unido investigar rapto da irmã em 2000

De acordo com Latifa, a irmã foi raptada nas ruas de Cambridge em agosto de 2000 após visitar um bar com alguns amigos. Algum tempo antes, Shamsa terá fugido da propriedade do emir do Dubai em Surrey.
25 Fevereiro 2021, 11h39

A princesa Latifa do Dubai, que acusa o seu próprio pai de a manter em cativeiro desde que esta tentou fugir em 2018, pediu às autoridades do Reino Unido para reabrir a investigação do rapto da irmã Shamsa, que ocorreu em 2000, revela “BBC” após ter acesso a uma carta escrita pela princesa.

Na carta, Latifa sustentou que a polícia britânica deverá ter a autoridade para libertar a princesa Shamsa, que terá sido raptada por ordens do pai, quando tinha 19 anos e estava na zona de Cambridge no início do século. Segundo a “BBC”, a carta terá sido escrita por Latifa em 2018, mas só agora foi tornada pública, depois da princesa do Dubai mostrar em vídeos que estava a ser mantida em cativeiro.

De acordo com Latifa, a irmã foi raptada nas ruas de Cambridge em agosto de 2000 após visitar um bar com alguns amigos. Algum tempo antes, Shamsa terá fugido da propriedade do emir do Dubai em Surrey. Segundo a publicação, Shamsa conseguiu enviar um e-mail a um solicitador de imigração depois de ter raptada, para procurar uma forma de permanecer no Reino Unido.

“Fui raptada no dia 19 de agosto [2000], em Cambridge. Ele mandou quatro homens árabes para me apanhar, eles tinham armas e ameaçaram-se. Levaram-se para casa do meu pai em Newmarket, onde me deram duas injeções e comprimidos. Na manhã seguinte um helicóptero levou-me para um avião, que depois me trouxe de volta até ao Dubai. Estou presa até hoje”, indica a “BBC” que teve acesso à carta.

A polícia de Cambridge abriu uma investigação em 2011, de acordo com dados divulgados pela “BBC”, mas esta foi arquivada depois dos polícias terem sido impedidos de viajar para o Dubai. A mesma investigação foi reaberta em 2018 e 2020, sendo que a carta agora enviada vai constar como parte da investigação entretanto reaberta.

Esta é a terceira familiar do emir do Dubai que fugiu da sua alçada, sendo agora publicamente a primeira. Seguiu-se a princesa Latifa em 2018 e posteriormente a princesa Haya da Jordânia, uma das mulheres de Mohammed bin Rashid Al Maktoum, em maio de 2019. A princesa Haya fugiu com os seus dois filhos menores para a Alemanha e posteriormente para o Reino Unido, quando o governador tentou um acordo de extradição, rejeitado pelas autoridades de Berlim.

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