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Prisa diz que Cofina violou contrato “sem aviso prévio” e vai acionar medidas

O grupo de comunicação social espanhol garante que “iniciará a partir desta data todas as ações contra a Cofina disponíveis”.
11 Março 2020, 11h32

A Prisa anunciou esta quarta-feira que vai acionar medidas contra a Cofina por violação do contrato de compra e venda da dona da TVI ao cancelar o aumento de capital previsto “sem aviso prévio”.

“A Cofina, sem aviso prévio à Prisa, renunciou voluntariamente a continuar com o aumento de capital aprovado pelos acionistas da Cofina a 29 de janeiro de 2020, o que implica uma violação do contrato de compra de ações datado de 20 de setembro e alterado a 23 de dezembro de 2019”, explica a empresa fundada por Jesús de Polanco, em comunicado enviado pela Media Capital ao regulador dos mercados.

O grupo de comunicação social espanhol garante que “iniciará, a partir desta data, todas as ações contra a Cofina disponíveis de acordo com o contrato de compra e venda”.” Sem prejuízo do exposto, a Prisa continuará com o seu caminho focado nos seus ativos estratégicos em educação e media e, ao mesmo tempo, manterá uma política ativa de desinvestimento de seus ativos não essenciais”, explica a empresa, na nota tornada pública pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A dona dos jornais “Correio da Manhã” e “Jornal de Negócios” explicou ontem à noite, que devido à “deterioração das condições de mercado”, conclui que não estão “reunidas condições para o lançamento de uma oferta particular para colocação das ações [do aumento de capital] sobrantes, cuja possibilidade se encontrava prevista no prospeto da oferta pública de subscrição”.

Inicialmente, a Cofina tinha negociado a compra da Media Capital — e recebido ‘luz verde’ dos reguladores — a um enterprise value de 255 milhões de euros (incluindo dívida). Mas a queda das audiências e os números reais da TVI levaram a Cofina a conseguir um desconto de 50 milhões no preço. A operação obrigava a uma Oferta Pública de Aquisição cujo pedido de registo foi remetido a 11 de outubro do ano passado.

Porém, a transação estava sujeita a certas condições, em particular a aprovação dos reguladores e a realização de um aumento de capital da Cofina em 85 milhões de euros para o financiamento parcial da compra da participação da Prisa na Media Capital, que detém a TVI. Aumento de capital esse que falhou.

Em atualização

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