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Procurador de caso contra Trump pede suspensão de recurso

O caso em que Trump é acusado de acumular documentos classificados na propriedade de Mar-a-Lago tem sido considerado o mais claro dos quatro contra o republicano, dada a dimensão das provas que os procuradores garantem ter acumulado, incluindo depoimentos de assessores e antigos advogados de Trump.
14 Novembro 2024, 08h52

O procurador especial norte-americano Jack Smith solicitou na quarta-feira ao tribunal que suspenda o apelo dos procuradores para reativar o caso dos documentos classificados contra Donald Trump, dada a vitória nas eleições presidenciais.

A equipa de Smith tem estado a avaliar como dar seguimento aos casos dos documentos classificados e da interferência nas eleições de 2020, antes da posse de Trump, devido à política do Departamento de Justiça de não processar Presidentes em exercício.

O caso em que Trump é acusado de acumular documentos classificados na propriedade de Mar-a-Lago tem sido considerado o mais claro dos quatro contra o republicano, dada a dimensão das provas que os procuradores garantem ter acumulado, incluindo depoimentos de assessores e antigos advogados de Trump. A investigação decorreu depois de Trump ter saído da Casa Branca em 2021 e perdido os poderes da Presidência.

Mas a juíza Aileen Cannon considerou o caso improcedente em julho, alegando que Smith tinha sido apontado ilegalmente pelo Departamento de Justiça. Smith recorreu antes de Trump ter vencido as eleições.

Os procuradores solicitaram a suspensão da apreciação do recurso, para “dar tempo ao governo para avaliar esta circunstância inédita e determinar o curso apropriado consistente com a política do Departamento de Justiça”.

Pela sua parte, a equipa de Smith avançou que vai “informar o Tribunal do resultado das deliberações” até 02 de dezembro.

O juiz que dirige o caso federal em Washington em que Trump é acusado de conspiração para alterar os resultados de 2020 cancelou todos os prazos existentes na semana passada, depois de a equipa de Smith ter feito um pedido semelhante.

Smith deve sair do cargo antes de Trump tomar posse, mas espera-se que os procuradores especiais produzam relatórios sobre o trabalho, à semelhança do que ocorreu em situações anteriores, no entanto, desconhece-se quando poderão ser divulgados.

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