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Professora portuguesa nomeada para comité científico e técnico de observatório europeu

A seleção da professora do departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e investigadora do Centro de Física de Coimbra, foi feita segundo um processo rigoroso, onde cada Estado-membro do conselho propõe três candidatos.
26 Março 2025, 17h34

Sónia Antón, professora catedrática e investigadora na área da Física, vai representar Portugal no comité consultivo do Science and Technical Committee (STC) do European Southern Observatory (ESO). A sua nomeação como membro deste comité foi aprovada em unanimidade pelo conselho do ESO e entrará em vigor a 1 de abril e até dezembro de 2027.

A seleção da professora do departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e investigadora do Centro de Física de Coimbra, foi feita segundo um processo rigoroso, onde cada Estado-membro do conselho propõe três candidatos.

“Embora a razão exata da escolha não tenha sido comunicada, acredito que a expertise em astrofísica extragalática, a experiência na utilização de diversos tipos de telescópios e a participação no desenvolvimento de instrumentação para o espaço tenham sido fatores determinantes.  Esta nomeação representa um reconhecimento do meu percurso e contributo para a comunidade académica e científica”, afirma Sónia Antón.

O STC tem um papel importante na assessoria ao Conselho do ESO e ao diretor-geral em matéria de estratégia e operacionalidade da instituição. Este órgão tem como principal responsabilidade definir as prioridades científicas para projetos e programas e realizar recomendações sobre a construção e modernização de instrumentos e telescópios.

“O STC integra um representante de cada Estado Membro do ESO, um representante do Chile e até seis membros independentes, incluindo especialistas de países não-membros. Conta ainda com subcomités especializados, compostos por peritos em áreas específicas, que fornecem recomendações técnicas sobre as infraestruturas do ESO, como La Silla-Paranal, ALMA e o futuro E-ELT”, lê-se em comunicado.

A docente acredita que a sua nomeação “fomenta a identificação de oportunidades para a Universidade, seja no âmbito de projetos científicos internacionais e estágios para estudantes, como também no desenvolvimento de novos instrumentos, na modernização de tecnologia existente e, em suma, na inovação em instrumentação para o espaço”.

Esta nomeação reforça a presença e influência da Astrofísica portuguesa nos grandes projetos internacionais e evidencia o contributo de Portugal para a investigação científica no âmbito do ESO.

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