Esta sexta-feira, 27 de outubro, os professores e educadores da Fenprof juntam-se à paralisação anunciada pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, que ameaça paralisar grande parte do país.
“Em convergência com todos os trabalhadores da Administração Pública, os docentes estarão em greve para defenderem a profissão, a Escola Pública, as funções sociais do Estado e os serviços públicos que as concretizam, em suma, para defenderem uma Administração Pública em que são protagonistas, mas, também, de que são utentes”, diz a Fenprof – Federação Nacional dos Professores, em comunicado enviado às redações.
FENPROF anuncia “ação de vocalização da Luta dos Professores para 23 de outubro”
Mário Nogueira, secretário-geral da maior estrutura sindical do sector, lembra que são muitos os motivos que levam os professores a aderir à greve da Administração Pública. À cabeça está o tempo de serviço congelado que querem recuperar: 6 anos, 6 meses e 23 dias.
O salário, que “tem vindo a desvalorizar-se de forma acelerada”; o regime de avaliação do desempenho; a precariedade que “ainda afeta milhares de docentes”; a “falta de apoios” a quem está deslocado da área de residência ou exerce a atividade em áreas carenciadas de docentes alimentam o caderno reivindicativo dos professores.
A estas juntam-se outras questões de fundo, como a “eliminação dos abusos e ilegalidades nos horários de trabalho, agravados recentemente com a tentativa de integrar reuniões de avaliação intercalar na componente individual, o que constitui nova ilegalidade”; o rejuvenescimento da profissão, que exige a tomada de medidas para atrair “os milhares de docentes que a abandonaram e a aprovação de um regime específico de aposentação”; o regime de mobilidade por doença e a municipalização da educação.
A Frente Comum, organização da Administração Pública que congrega mais de 30 organizações de vários sectores, incluindo dos professores, entregou no Ministério das Finanças uma Proposta Reivindicativa Comum que abarca diversos aspetos que correspondem a problemas profissionais.
Além da participação na paralisação anunciada pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, a Fenprof apela igualmente à participação dos professores na manifestação nacional que terá lugar a 11 de novembro em Lisboa e no Porto, convocada pela CGTP em protesto contra a proposta de Orçamento do Estado para 2024.
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