O Governo vai lançar um projeto-piloto para ensinar programação, robótica e conteúdos relacionados com a inteligência artificial a alunos de 10 concelhos diferentes, não identificados, durante os períodos de férias. Esta é uma das ações previstas na Estratégia Digital Nacional, aprovada esta quinta-feira, 12 de dezembro, em Conselho de Ministros, e apresentada em conferência de imprensa pelos ministros Margarida Balseiro Lopes, da Juventude e Modernização, e Fernando Alexandre, da Educação.
“Sabemos que já acontece com alguns jovens cujos pais têm capacidade financeira para custear estas oportunidades, mas temos de garantir a igualdade de oportunidades”, afirmou Margarida Balseiro Lopes. O projeto será desenvolvido pelo Instituto do Desporto e Juventude, com o apoio da Agência para a Modernização Administrativa, e será integrado no atual programa de ocupação de tempos livres.
O plano de ação para 2025-2026, que começa a ser executado já a partir de 1 de janeiro próximo, prevê igualmente a revisão dos currículos para reforçar o ensino de conteúdos digitais.
A Estratégia Digital Nacional alinha 16 iniciativas estratégicas uma dezena de objetivos em torno de quatro pilares: pessoas, empresas, Estado e infraestruturas, destacando-se a literacia e educação para o digital, acesso a recursos para a transformação digital das empresas e um ecossistema de startups. Margarida Balseiro Lopes quantificou o investimento em 355 milhões de euros.
Até 2030, o Governo definiu várias: ter 80% da população entre os 16 e os 74 anos com, pelo menos, competências digitais básicas, e 30% dos especialistas em TIC serem mulheres. Nas empresas, o Governo quer ter 90% das PME portuguesas com, pelo menos, um nível básico de intensidade digital e 75% a adotar ferramentas de Inteligência Artificial.
O reforço da formação e retenção de jovens qualificados, tem como objetivo passar dos atuais 4,5% de trabalhadores na área das tecnologias de informação e comunicação para 7% até 2030.
Há ainda o objetivo de chegar a 6 milhões de Chaves Móveis Digitais (CMD) ativas, face aos 4 milhões atualmente existentes.
Para as infraestruturas, Margarida Balseiro Lopes revelou que a estratégia pretende ter “100% das áreas povoadas abrangidas por redes de alta velocidade 5G” até 2030 e “no mínimo, 75% das empresas a adotar serviços de computação em nuvem (serviços cloud)”.
A Estratégia Digital Nacional hoje aprovada esteve em consulta pública até dia 5 de dezembro, tendo contado com 43 participações que acrescem ao processo de elaboração que envolveu cerca de meia centena de empresas e associações empresariais, bem como mais de 25 especialistas na área do digital.
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