A Proteção Civil alertou este domingo para o elevado risco de galgamento das margens do rio Tejo e possíveis inundações, uma vez que os caudais deste rio deverão continuar a subir.
Os caudais do rio Tejo registaram um “aumento considerável” devido à chuva dos últimos dias, com a passagem da depressão Martinho, e às descargas das barragens espanholas, informou hoje a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). Neste momento, “as afluências provenientes de Espanha devem continuar a aumentar” e o risco é de que possam “inundar áreas historicamente suscetíveis a inundações”.
Como consequência da chuva dos últimos dias, os solos encontram-se saturados, o que deverá levar a uma descida mais lenta da água “que, neste momento, afeta as vias rodoviárias”, explicou ainda a Proteção Civil.
Os caudais podem atingir valores acima dos 2000m3/s, “um fator de risco significativo no galgamento das margens do rio Tejo e seus afluentes”.
A Proteção Civil lançou também um alerta relativo ao rio Sorraia, uma vez que foi registada uma subida do caudal na escala de Coruche. “Com o aumento das descargas a montante, é esperado que os caudais continuem a subir”, explicou a ANEPC.
Face ao elevado risco de subida dos caudais, a Proteção Civil aconselhou a retirar animais, equipamentos agrícolas, carros ou outros bens das zonas que tendencialmente inundam. Evitar passar em zonas alagadas – seja a pé ou com viaturas – é também outro dos conselhos dados.
A ANEPC fez ainda uma lista das vias de comunicação afetadas e, neste momento, há a registar inundações ou submersões de estradas nos municípios da Azambuja, Benavente, Salvaterra de Magos, Coruche, Golegã, Cartaxo, Santarém, Almeirim, Abrantes, Constância, Vila Nova da Barquinha e Torres Novas.
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