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Protecionismo de Trump é “oportunidade” para “diferenciar oferta”, sublinha presidente da CIP

Nas palavras de Armindo Monteiro, esta mudança “é, mais uma vez, um convite para que as empresas portuguesas ou europeias tenham esta preocupação de diferenciar o seu produto, não apenas pelo preço, mas pela qualidade”. “É obvio que isto depende muito da resistência”, assinalou, em declarações à SIC Notícias.
3 Fevereiro 2025, 19h48

O presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, Armindo Monteiro, considera que a política protecionista de Donald Trump – que impôs, nos últimos dias, taxas alfandegárias a vários países -, pode ser encarada pelas empresas portuguesas e europeias como uma “oportunidade”, na medida em que terão de apostar ainda mais no caminho da inovação e da competividade.

“Esta é uma oportunidade para as nossas empresas conseguirem diferenciar a sua oferta, não apenas com base no preço, mas pelas outras características. Não é só pelas taxas alfandegárias que os nossos produtos podem ficar menos competitivos. A própria apreciação da moeda. Se o dólar apreciar, se se valorizar em relação ao euro, automaticamente os nossos produtos vão custar mais”, explicou Armindo Monteiro, em declarações à SIC Notícias.

Nas palavras do mesmo responsável, esta mudança “é, mais uma vez, um convite para que as empresas portuguesas ou europeias tenham esta preocupação de diferenciar o seu produto, não apenas pelo preço, mas pela qualidade”. “É obvio que isto depende muito da resistência”, assinalou.

Para Armindo Monteiro, as tarifas do recém-regressado inquilino da Casa Branca não se traduzirão no fim da globalização.

“Estas barreiras que todos os países – a começar pelos EUA -, estão a levantar sob a forma de impostos, de taxas alfandegárias ou de depreciação ou apreciação da moeda, não acabam com a globalização. A globalização está aí para continuar. O que vai é provocar um momento em que as empresas têm de ter uma almofada para conseguir segurar esta espécie de comício permanente em que está o presidente americano. Mas isso não quer dizer que tenhamos de combater uma anomalia. Porque não é uma anomalia. O presidente americano foi eleito pela segunda vez. E isto é um convite para que a Europa aposte na competitividade, na inovação, em ser competitiva”, explicou.

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