O líder do PS Madeira, Paulo Cafôfo, afirmou que os socialistas não vão passar um “cheque em branco” ao Governo e que “não vai assinar de cruz” a proposta de Orçamento Regional para 2025.
A posição surgiu depois da audição com o secretário regional das Finanças relativamente ao Orçamento Regional para 2025.
Cafôfo salientou que do que lhe foi transmitido o Orçamento para o próximo ano “não trará qualquer surpresa e será mais do mesmo”.
O dirigente socialista disse que o PS “não vai desistir” e vai apresentar propostas de alteração em áreas que considera prioritárias, onde se inclui a Habitação, a Saúde, o aumento dos rendimentos e o corte das gorduras do Governo.
Cafôfo referiu que o executivo regional “continua a arrecadar recordes de receitas e a engordar com os impostos dos madeirenses” contudo “não corta” nas despesas desnecessárias.
“O PS tem um compromisso com os madeirenses, ao contrário de outros partidos da oposição, que têm compromissos com o PSD e que viabilizam este Governo e os Orçamentos que não têm as prioridades certas”, disse Cafôfo.
O presidente do PS Madeira voltou a reforçar que os socialistas vão apresentar soluções para os “problemas crónicos” que Governo “não tem sido capaz de resolver”. Cafôfo disse que o PS não vai “passar um cheque em branco, nem irá assinar de cruz” pelo que vai aguardar pela proposta de Orçamento Regional para tomar uma decisão sobre o sentido de voto da força partidária.
Cafôfo referiu que apesar de a Região “nunca ter tido tanto dinheiro como agora, os problemas dos madeirenses mantêm-se”.
Referindo a habitação o socialista salientou que o executivo “chegou tarde e mal” e que depois de ter prometido a construção de 1121 fogos, “só estão no terreno cerca de metade”.
Na saúde, Cafôfo diz que esta está “sem remédio” e acusou o executivo de “não ter cumprido” os tempos máximos de resposta, que levou a milhares de consultas e cirurgias em atraso, e criticou também as “constantes faltas” de medicamentos na farmácia do hospital e os problemas informáticos.
Cafôfo criticou também o facto da Madeira “continuar sempre” no fundo da tabela no que se refere às desigualdades e à pobreza, e salientou a necessidade de se investir no apoio às famílias, na educação e no aumento dos rendimentos.
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