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PS pede que Governo da Madeira mobilize 150 milhões de euros do molhe da Pontinha para a habitação

O PS diz que os 150 milhões de euros permitiriam construir quase mil fogos habitacionais na Madeira.
13 Novembro 2023, 10h00

O líder parlamentar do PS Madeira, Victor Freitas, desafiou o executivo madeirense a mobilizar os 150 milhões de euros previstos para a extensão do molhe da Pontinha para a construção de mais habitação a custos controlados.

Victor Freitas referiu que na última legislatura o PS insistiu que o prolongamento do molhe da Pontinha “não era uma prioridade”, ao contrário do que defendeu o PSD e o executivo madeirense, apoiado por PSD e CDS-PP.

“Isto foi só até ao dia 24 de setembro. Felizmente, o PSD mudou de ideias e veio ao encontro daquilo que o PS tem proposto, que é dar prioridade a outras matérias e não ao prolongamento da Pontinha”, acrescentou Victor Freitas.

O líder parlamentar do PS Madeira afirmou que a especulação imobiliária tornou o preço da habitação “incomportável” e deu conta de estudos que mostram que é necessário um rendimento de 3.500 euros para poder comprar uma habitação na Madeira.

“A classe média não tem recursos financeiros para comprar casa”, vincou Victor Freitas, que salientou que existem cerca de cinco mil famílias em lista de espera para apoios habitacionais, como deu conta o presidente da Investimentos Habitacionais da Madeira.

Para Victor Freitas o acesso à habitação é um problema que tem de ser “resolvido rapidamente”.

O socialista salientou que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) prevê 126 milhões de euros para construção de cerca de 800 casas, algo que Victor Freitas considera “pouco” para a procura que existe na Região.

PS diz que 150 milhões de euros davam para mil habitações

Para Victor Freitas os 150 milhões de euros que o executivo madeirense queria alocar para o prolongamento da Pontinha serviriam para construir quase mil fogos habitacionais.

Victor Freitas acrescentou que até setembro a Região cobrou mais 149 milhões de euros em impostos, uma receita fiscal “muito superior àquela que tinha previsto”.

No entender do líder parlamentar socialista “esse dinheiro também deve ser alocado à habitação, porque a Madeira precisa, de facto, de ter novas casas a baixo custo, para que isso influencie o mercado e as pessoas possam ir à banca e adquirir casas por via do arrefecimento do mercado imobiliário”.

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