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PS vai apresentar contraproposta à proposta “irrecusável” do Governo

A aproximação do Governo às propostas do PS deixou os socialistas satisfeitos, mas não totalmente convencidos. Apesar de quererem evitar chumbo do OE, o PS vai apresentar uma nova proposta à contraproposta “irrecusável” de Luís Montenegro.
contraproposta irrecusável
O primeiro-ministro, Luís Montenegro (E), recebe o secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos (D), para um encontro no âmbito das negociações do Orçamento do Estado para 2025, na residência Oficial de S. Bento, em Lisboa, 3 de outubro de 2024. MIGUEL A. LOPES/LUSA
4 Outubro 2024, 11h10

O Partido Socialista não parece satisfeito com a “contraproposta irrecusável” apresentada pelo Governo em jeito de aproximação para obter a aprovação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). Na próxima semana, Pedro Nuno Santos deve apresentar uma nova proposta à contraproposta de Luís Montenegro, a poucos dias do prazo da entrega do documento.

À Lusa, fonte do PS admitiu que vai ser apresentada uma nova contraproposta “em breve” àquela que foi apresentada no encontro de 30 minutos entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos.

O secretário-geral dos socialistas só falou aos jornalistas depois das declarações do primeiro-ministro. À saída do Largo do Rato, Pedro Nuno Santos admitiu que o PS quer evitar eleições e “evitar um chumbo do Orçamento” e que, por isso, “daremos o nosso contributo”.

Apesar de não terem acontecido mais declarações do líder do PS, os socialistas marcaram uma reunião para terça-feira, 8 de outubro, a 48 horas da entrega do OE2025 na Assembleia da República.

Alexandra Leitão, líder parlamentar dos socialistas, elogiou a tentativa de aproximação, mas deixou claro que a contraproposta “não é irrecusável”. Entre críticas, Alexandra Leitão mostrou que o partido não concorda com as modulações apresentadas no que respeita o IRS Jovem, nomeadamente no alargamento para os 35 anos (atualmente 30) e no prolongamento da medida para 13 anos (atualmente cinco).

Já em relação ao IRC, a líder parlamentar adiantou que esta é “uma política pública de que o PS discorda”, por isso não se trata de “ser 2% ou 1%”. “Esta é uma linha vermelha que não foi cumprida”, sustentou a antiga ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, ao mesmo tempo que lembrou que o Executivo quer chegar aos 17% no fim da legislatura.

“Traçámos duas linhas vermelhas: uma já foi superada, temos esperanças de que a outra venha a ser e, por isso, vamos fazer uma contraproposta”, apontou a líder parlamentar do PS.

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